Um homem suspeito de extorquir comerciantes e fiéis, enquanto se passava por padre, foi detido depois de fazer mais uma vítima que descobriu o golpe e chamou a polícia, na tarde desta sexta-feira (13), em Jardim da Penha, Vitória.
A Paróquia São francisco chegou fazer um alerta sobre o falso padre, que inclusive estava usando o nome da Igreja, mas o suspeito não se sentiu intimidado. Foi por volta das 11h30 que o criminoso fez mais uma vítima. O homem foi até um restaurante e se apresentou como padre. De acordo com a vítima, Fernando Hurtado Miguel, de 48 anos, que é dono do local, ele se sensibilizou e, como fiel, quis ajudar.
Ele se apresentou como padre adjunto da Paróquia São Francisco e disse que uma freira tinha caído da escada e precisava ir ao hospital. Foi aí que ele me pediu R$30 para ajudar, disse.
O empresário relatou ainda que no momento não suspeitou que aquilo se tratava de um golpe. Eu não sabia que alguém estava cometendo esse golpe. A gente não imagina que alguém vai usar o nome de Cristo para extorquir. Além disso, ele falava muito bem, estava bem vestido e com crachá, contou.
Segundo Fernando Hurtado, foi às 17h que ele descobriu que tinha sido mais uma das vítimas do criminoso. Eu estava tranquilo, até que meu sócio chegou e eu fui contar o que houve, daí ele me disse que se tratava de um crime. Ele chegou a me mostrar um vídeo. Foi por ele que eu reconheci o bandido. Na hora me deu uma sensação ruim, a gente quer ajudar, trabalha tanto, sustenta família, para depois cair numa dessa, pontuou.
O empresário relatou que não pensou em ir à delegacia registrar o boletim de ocorrência, até que no caminho da residência, ele encontrou novamente o suspeito. Eu estava indo para casa e vi ele passando, mas ele já estava alterado, parecia ter bebido ou usado algum tipo de droga, de manhã ele não estava daquele jeito. Quando vi, estacionei e fui atrás dele enquanto minha namorada ligava para polícia.
Fernando Hurtado disse ainda que, quando a polícia chegou, o suspeito confessou o crime.
A Polícia Militar orientou que a vítima fosse até a delegacia e registrasse o boletim de ocorrência. Eu não ia, mas entendi a importância disso. É para tirar uma pessoa dessa da rua. E entendendo, eu peço que outras vítimas possam comparecer na delegacia e prestar queixa, falou. O caso foi encaminhado à 1ª Delegacia Regional de Vitória.
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