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Publicado em 27 de outubro de 2023 às 10:57
O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) aceitou nesta semana o pedido da Polícia Civil e concedeu mais prazo para a corporação concluir a investigação da morte de Ricardo Portugal Moura Guedes, que já dura três anos. O empresário morreu após o carro que ele dirigia explodir na Avenida Adalberto Simão Nader, em Vitória, em 30 de outubro de 2020, e ainda não se sabe o que provocou a explosão. >
A reportagem de A Gazeta noticiou que, após passar três anos investigando o caso e sem conseguir respostas para elucidar o crime, a Polícia Civil pediu, em 10 de outubro de 2023, mais tempo ao MPES para finalizar o inquérito policial.>
O MPES, por meio da Promotoria de Justiça Criminal de Vitória, aceitou o pedido e concedeu mais prazo, na última quarta-feira (25). A reportagem de A Gazeta questionou o órgão sobre qual foi o tempo a mais dado e se outras medidas serão tomadas para dar celeridade às investigações, mas recebeu um posicionamento informando que o caso tramita em sigilo e detalhes não podem ser divulgados. >
"O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça Criminal de Vitória, informa que foi concedido mais prazo para a conclusão das investigações e foram indicadas diligências que serão realizadas pela autoridade policial. No momento, não é possível fornecer mais informações, em razão do sigilo decretado nos autos", declarou o órgão em nota. >
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O caso começou a ser investigado pela Delegacia de Delitos de Trânsito (DDT). Dois anos depois, os investigadores da unidade concluíram que a explosão do Jeep Compass conduzido pelo empresário não foi gerada pelo veículo e sim por um “fator externo”.>
Segundo a Polícia Civil, esses fatores externos dizem respeito a algum objeto que estava dentro do veículo, podendo ter sido um acidente, uma tentativa de suicídio ou um homicídio. A investigação então foi redistribuída e encaminhada para a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).>
Foram levantados dois fatores para determinar que a explosão não foi um delito de trânsito. O primeiro é que não houve choque do veículo com obstáculo ou objeto para explodir o carro, como ficou registrado no laudo pericial. A segunda questão abordada corresponde a dois boletins de ocorrência lavrados pela Polícia Civil de Pernambuco. >
Os documentos citam suposto envolvimento do empresário em crime de fraude financeira. Conforme demonstrado nos boletins de ocorrência, haveria uma apólice de seguro em nome de Ricardo, o que poderia ter motivado o crime. Assim, concluiu-se que o caso deveria ser apurado como um crime violento contra a vida, não cabendo mais a investigação à Delegacia de Trânsito. >
Em novembro do ano passado, assim que assumiu a investigação, o delegado Marcelo Cavalcanti, da DHPP, requereu autorização judicial para que o Banco Itaú fornecesse informações sobre a existência de apólices de seguro em nome do empresário. Desde então, não se sabe se houve algum avanço nas apurações. >
Carro pega fogo após acidente em avenida de Vitória
O motorista que dirigia o Jeep Compass que explodiu em movimento, era o empresário Ricardo Portugal Moura Guedes, na época com 38 anos. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu no local.>
Ricardo era dono de uma empresa de tecnologia. Ele deixou um filho de 7 anos. "Não sei nem o que dizer. Ele era um bom amigo, um homem trabalhador, realmente isso ter acontecido foi um susto", desabafou a esposa dele após o ocorrido. >
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