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Publicado em 20 de outubro de 2023 às 07:53
Após passar três anos investigando a morte de Ricardo Portugal Moura Guedes sem conseguir respostas para elucidar o crime, a Polícia Civil pediu mais tempo ao Ministério Público do Espírito Santo (MPES) para concluir as investigações. O empresário morreu após o carro que ele dirigia explodir na Avenida Adalberto Simão Nader, em Vitória, no dia 30 de outubro de 2020. >
A investigação tramita em sigilo na Justiça, mas A Gazeta conseguiu apurar com o MPES que a Polícia Civil pediu ao órgão, no dia 10 de outubro deste ano, mais prazo para finalizar o inquérito policial. >
Agora, cabe ao Ministério Público do Espírito Santo, por meio da Promotoria de Justiça Criminal de Vitória, analisar a solicitação. O órgão declarou para A Gazeta que, além de checar o pedido, vai avaliar se indicará outras diligências para concluir a investigação, além das que já foram e estão sendo desenvolvidas pela autoridade policial.>
O prazo a mais pedido pela Polícia Civil não foi informado. Em nota, a corporação afirmou que as diligências e apurações estão em andamento pela Divisão Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória. >
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“Informações sobre o caso só serão divulgadas quando o inquérito policial for finalizado. Ressaltamos que todo o processo de investigação corre dentro da legalidade, com a anuência do Ministério Público Estadual”, afirmou. >
A reportagem de A Gazeta voltou a procurar a Polícia Civil após o posicionamento do MPES, informando sobre o prazo pedido de mais tempo feito pela corporação, mas não houve retorno da corporação até a publicação desta matéria. >
O caso começou a ser investigado pela Delegacia de Delitos de Trânsito (DDT). Dois anos depois, os investigadores da unidade concluíram que a explosão do Jeep Compass conduzido pelo empresário não foi gerada pelo veículo e sim por um “fator externo”.>
Segundo a Polícia Civil, esses fatores externos dizem respeito a algum objeto que estava dentro do veículo, podendo ter sido um acidente, uma tentativa de suicídio ou um homicídio. A investigação então foi redistribuída e encaminhada para a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).>
Foram levantados dois fatores para determinar que a explosão não foi um delito de trânsito. O primeiro é que não houve choque do veículo com obstáculo ou objeto para explodir o carro, como ficou registrado no laudo pericial. A segunda questão abordada corresponde a dois boletins de ocorrência lavrados pela Polícia Civil de Pernambuco. >
Os documentos citam suposto envolvimento do empresário em crime de fraude financeira. Conforme demonstrado nos boletins de ocorrência, haveria uma apólice de seguro em nome de Ricardo, o que poderia ter motivado o crime. Assim, concluiu-se que o caso deveria ser apurado como um crime violento contra a vida, não cabendo mais a investigação à Delegacia de Trânsito. >
Em novembro do ano passado, assim que assumiu a investigação, o delegado Marcelo Cavalcanti, da DHPP, requereu autorização judicial para que o Banco Itaú fornecesse informações sobre a existência de apólices de seguro em nome do empresário. Desde então, não se sabe se houve algum avanço nas apurações. >
Carro pega fogo após acidente em avenida de Vitória
O motorista que dirigia o Jeep Compass que explodiu em movimento, era o empresário Ricardo Portugal Moura Guedes, na época com 38 anos. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu no local.>
Ricardo era dono de uma empresa de tecnologia. Ele deixou um filho de 7 anos. "Não sei nem o que dizer. Ele era um bom amigo, um homem trabalhador, realmente isso ter acontecido foi um susto", desabafou a esposa dele após o ocorrido. >
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