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Diferente do RJ, traficante capixaba fugiu de prisão vestido de mulher

Diferente do RJ, traficante capixaba fugiu de prisão vestido de mulher

Enquanto traficante não conseguiu escapar no Rio, Toninho Pavão driblou o esquema de segurança da penitenciária de segurança máxima de Viana, em 2003

Publicado em 4 de agosto de 2019 às 23:56

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José Antônio Marin, o Toninho Pavão, sendo levado para a sede da Polícia Federal, em 2006, para prestar esclarecimentos. (Gildo Lyola/Arquivo)

A história da tentativa de fuga de Clauvino da Silva, conhecido como Baixinho, de Bangu 3 chamou atenção do país neste domingo. O traficante de Angra dos Reis estava vestido de mulher - com direito a uma máscara no estilo "As Branquelas" - e, quando saía da prisão, foi abordado por policiais que comprovaram a fuga.

Casos como este não são novidade. No Espírito Santo, aconteceu um caso parecido no início dos anos 2000, mas o presidiário conseguiu escapar.

Em 2003, José Antônio Marin, o Toninho Pavão, fugiu do presídio de segurança máxima de Viana pela porta da frente, vestido de mulher, atravessando oito portões fechados com cadeados e sem arrombar nenhum deles.

Segundo o subsecretário de Justiça para Assuntos Penitenciários da época, coronel Ênio Chaves dos Reis, Toninho Pavão teria colocado um boneco em sua cama, na cela que ocupa, para simular que estivesse dormindo ao fim das visitas. "O boneco foi feito com material de uso diário no presídio, como roupas e lençóis. Foi uma coisa bastante improvisada", afirmou, na época.

Toninho saiu do estado em um avião roubado. Dezenove supervisores que trabalhavam no presídio no dia da fuga foram exonerados.

José Antônio Marin, o Toninho Pavão, sendo levado para a sede da Polícia Federal, em 2006, para prestar esclarecimentos. (Gildo Lyola/Arquivo)

Ele foi recapturado em dezembro de 2004, em Belo Horizonte. Investigações da Polícia Federal mostraram que, nos cinco anos anteriores, Pavão e a quadrilha dele assaltaram cerca de 100 bancos no Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo, Minas e Bahia. A PF estima que a quadrilha movimentava mensalmente cerca de 1,5 tonelada de maconha, comprada na fronteira do Paraguai.

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Em 2006, Toninho deu a ordem da execução de um casal de dentro do presídio de Segurança Máxima de Viana, onde estava preso. Logo em seguida, ele foi transferido, junto com outros presos de alta periculosidade para a penitenciária Federal de Segurança Máxima, em Catanduvas, no Paraná. Insatisfeito com a transferência, Toninho é suspeito de ter ordenado mais de 19 incêndios a ônibus na Grande Vitória. Em seguida ele foi para o Presídio Federal de Rondônia, onde ficou até voltar para o estado.

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