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Mesmo sem chuva, ruas de Vila Velha continuam alagadas

Mesmo sem chuva, ruas de Vila Velha continuam alagadas

No bairro Jardim Marilândia, em Vila Velha, diversas ruas ainda estão alagadas

Publicado em 21 de maio de 2019 às 21:01

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Mesmo sem chuva, ruas de Vila Velha continuam alagadas. (Fernando Madeira | GZ)

Quatro dias após as fortes chuvas que atingiram a Grande Vitória ainda há dezenas de famílias fora de suas casas e diversas ruas alagadas. O transtorno causado pelos alagamentos continuam e, agora, começam a ser contabilizados as perdas. Os problemas se concentram em Vila Velha, principalmente na região da Grande Cobilândia e na Serra, no bairro Hélio Ferraz. 

O cenário pós-enchente é de móveis - armários, colchões e até sofás - nas calçadas esperando para serem recolhidos. Os itens estavam em casas que foram inundadas. 

Em Jardim Marilândia, Vila Velha, apesar das casas não estarem mais cheias de água, os moradores ainda têm que enfrentar o alagamento para passar pelas ruas. Mesmo a bomba instalada pela Prefeitura de Vila Velha não está dando conta de escoar a água das ruas.

Mesmo sem chuva, ruas de Vila Velha continuam alagadas. (Fernando Madeira | GZ)

Na fábrica de uniformes da Fernanda Stancioli os prejuízos só começaram a ser contabilizados nesta terça-feira (21) quando ela conseguiu finalmente entrar no local. Pelo o que se viu até agora, ela conta, o prejuízo chega a R$ 150 mil. Mas esse valor por aumentar.

“A nossa máquina de bordar custa R$ 300 mil e o motor dela molhou com a chuva. Mas, ainda não sabemos se ela quebrou porque o técnico que vai avaliá-la não consegue chegar aqui porque a rua ainda está alagada”, afirma.

Fernanda ainda lembra que essa não é a primeira vez que passou por esse tipo de situação, mas garante que, no último sábado (18), a inundação aconteceu muito mais rápido do que nas outras vezes. “Em vezes anteriores, deu tempo de tirarmos o material do chão. Neste ano não foi assim. A água subiu muito rápido, não tempo de salvar nada”, lamenta.

Na casa da catadora de material reciclável, Valdileia da Penha Muniz, 50 anos, o prejuízo, em cifras, pode parecer pouco mas, representa tudo para ela. O pouco que ela tinha dentro o barraco de madeira foi inundado. Entre os bens, os dois colchões.

"Eu não tenho mais onde dormir. Tinha dois colchões em casa que foram encharcados pela água da enchente", lamenta.

Mesmo sem chuva, ruas de Vila Velha continuam alagadas. (Fernando Madeira | GZ)

FAMÍLIAS

Enquanto isso, no bairro Hélio Ferraz, na Serra, 60 famílias estão desalojadas, segundo a prefeitura da cidade. O bairro alagou no sábado, durante a chuva e, desde então, as ruas estão tomadas por água. Na manhã desta terça-feira (21), os moradores do bairro fecharam viaduto da Vale em Camburi, em Vitória, em protesto contra as enchentes. Eles pedem providências para prejuízos causados pela chuva do fim de semana.

Em nota, a Prefeitura da Serra afirmou que providenciou toda a estrutura necessária para essas famílias: colchões, cestas básicas, roupas de cama e cobertores.

OUTRAS CIDADES

Em Vitória, quatro pessoas estão desalojadas. Na Capital há 25 áreas de risco que estão em estado de alerta por conta do encharcamento do solo, causado pelas chuvas do sábado (18). O alerta só é retirado pela Defesa Civil após quatro dias sem chuvas e/ou com solo seco nessas localidades.

As áreas ficam nos bairros Morro Macaco, Jaburu, Jucutuquara, Santos Dumont, Rio Branco, Fradinhos, Cruzamento, Morro Grande, Romão, Forte São João, Fonte Grande, Piedade, Moscoso, Quadro, Alto Caratoíra, Alagoano, Bela Vista, Jesus de Nazareth, Inhanguetá, São José, Santa Helena, Conquista, Comdusa, Morro da Capixaba, Redenção e Santa Martha.

Já em Cariacica, três famílias estão desalojadas. Segundo a prefeitura da cidade, não há mais áreas alagadas no município.

 

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