Publicado em 3 de abril de 2020 às 22:52
O homem de 57 anos que morreu vítima do novo coronavírus (Covid-19) era uma pessoa de fé. Das poucas vezes que saía, o destino era a igreja. E foi nesse ambiente, conforme levantamentos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), que ele pode ter sido infectado. >
A igreja, situada em um bairro da Serra, manteve suas reuniões presenciais, segundo o secretário, mesmo após as recomendações à população de evitar aglomerações para conter a disseminação da doença. Os templos religiosos não poderiam reunir mais de 50 pessoas em suas celebrações. >
De denominação evangélica, a igreja resolveu mudar a conduta após vários integrantes aparecerem com sintomas gripais, entre os quais o homem de 57 anos. Como se trata de um caso de transmissão comunitária, não foi possível à Sesa detectar a origem da contaminação. Agora, as celebrações podem ser acompanhadas pela internet. >
O homem começou a apresentar os primeiros sintomas no dia 18 de março e, seis dias depois, deu entrada no Hospital Jayme Santos Neves, na Serra, já com quadro de prostração e dificuldades respiratórias. Na noite de quarta-feira (1º), ele morreu em decorrência da doença. Na mesma unidade, há outros membros da igreja internados, assim como em um hospital da rede particular do município.>
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"Há outros internados da mesma igreja. Tudo isso por uma irresponsabilidade de lideranças religiosas. Tanto é que tentaram esconder o que estava acontecendo, negaram que havia membros contaminados pelo coronavírus", conclui o secretário Nésio Fernandes. >
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