Publicado em 13 de abril de 2020 às 21:53
As medidas de distanciamento social para o combate ao coronavírus a longo prazo, no Espírito Santo, já começaram a ser avaliadas pelo governo. Isso porque se a necessidade de isolamento ainda durar mais alguns meses, será necessário definir formas para a abertura do comércio e o funcionamento de atividades econômicas. Por enquanto, a definição mais recente do governo foi a de manter o comércio fechado até o dia 19 de abril.>
O governador Renato Casagrande (PSB) explicou que está em uma semana de debates com as entidades empresariais, especialmente com o comércio, e também trabalhadores e Ministério Público, para ver se há algum mecanismo que permita voltar algumas atividades que estão fechadas. >
"A quarentena pode se executada de duas maneiras. Podemos ir medindo, para ver se a gente pode fazer revezamento de atividades econômicas, mantendo o isolamento, a pouca presença das pessoas na rua, só funcionando o essencial. Também é possível tomar alguma medida que permita a gente retomar alguma atividade econômica, mantendo o distanciamento social, o isolamento de grupos de risco e a não aglomeração no transporte público. É um debate que estamos fazendo agora".>
Neste domingo, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, declarou, em entrevista para o Fantástico, que espera o pico da doença para maio e junho. Casagrande ressaltou que até mesmo esse prazo ainda não é uma certeza. >
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"O ministro falou de ficar grave até junho, mas pode ser que passe disso, não sabemos efetivamente quanto tempo. Não temos o remédio, a vacina, se a gente não tiver um tratamento. É preciso começar a pensar em um processo de convivência em que a proteção à vida seja prioridade. Se tiver jeito de achar um caminho de atividade econômica mínimo que seja, mantendo menor interação e a proteção às pessoas, podemos fazer isso", declarou o governador. >
Nesta terça-feira (14), haverá uma reunião do governo com o setor supermercadista. O governador critica que alguns estabelecimentos tomaram providências, e outros não. "Os donos de estabelecimentos também tem que entrar firme nisso. Para proteger seus servidores e quem vai fazer compras. Alguns seguem os protocolos, e outros não. Temos visto lojas lotadas, com fila. Todos tem que assumir sua co-responsabilidade".>
Em entrevista ao Fantástico, neste domingo (12), o ministro de Saúde, Luiz Henrique Mandetta, declarou que o período mais preocupante da crise da Covid-19 será em maio e junho. "No mês de maio, junho, teremos os dias muito duros. Dias em que seremos tachados. 'Ah, vocês não fizeram o que tinham de fazer', 'deviam ser mais duros', ou 'menos duros, porque a economia está assim'. Sempre vai haver os engenheiros de obra pronta. Serão dois, três meses de muitos questionamentos das práticas.">
Indagado sobre uma projeção de infectados no País ao longo deste ano, Mandetta disse que não existe "absolutamente nada que influencie mais essa resposta do que como a sociedade brasileira vai se comportar nos próximos dias".>
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