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Infraestrutura dá medalha Mauá a Camilo Cola, fundador da Itapemirim

Infraestrutura dá medalha Mauá a Camilo Cola, fundador da Itapemirim

Empresário de 97 anos e ex-dono da viação recebeu a comenda do ministério por sua participação no desenvolvimento logístico brasileiro

Publicado em 6 de novembro de 2020 às 12:24

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Camilo Cola recebe medalha do Ministério da Infraestrutura
Camilo Cola recebe medalha do Ministério da Infraestrutura. (Twitter Tarcísio de Freitas/Reprodução)

O ex-deputado federal e fundador do Grupo Itapemirim, Camilo Cola, recebeu a Medalha de Mérito Mauá, do Ministério da Infraestrutura. A homenagem ao empresário capixaba foi feita pelo ministro Tarcísio de Freitas nesta quinta-feira (5).

Segundo o governo, a escolha do empresário tem relação com as contribuições que Cola, hoje com 97 anos, deu para o avanço do sistema de transportes do país e por ele ter sido ex-combatente da Força Expedicionária Brasileira (FEB).

Nascido em Conceição do Castelho, Camilo Cola se alistou no Exército aos 18 anos e integrou o pelotão de combatentes da FEB, que lutou na 2ª Guerra Mundial e entrou para a história após expulsar os alemães de Monte Castello, no Norte da Itália, em 1945.

Ao retornar ao Brasil, Camilo conseguiu um empréstimo para comprar seu primeiro caminhão dando início a uma das maiores empresas de transportes do Brasil, a Itapemirim.

“Essa é nossa singela homenagem ao senhor Cola, que fez tanto pelo país, nos campos de batalha da FEB, defendendo nossa liberdade, e pela infraestrutura, conectando pessoas e promovendo o desenvolvimento. É uma honra, para mim, entregar ao senhor essa comenda", disse o ministro.

VIAÇÃO ITAPEMIRIM EM CRISE

A Viação Itapemirim, fundada por Cola em 1953, enfrenta desde março de 2016 um conturbado processo de recuperação judicial. Naquele ano, a companhia entrou com o pedido na Justiça alegando ter R$ 336,49 milhões em dívidas trabalhistas e com fornecedores, além de R$ 1 bilhão em passivos tributários.

A família Cola, então, decidiu vender a empresa, junto de outros seis negócios do grupo (todos na recuperação judicial), para empresários de São Paulo. Após uma longa fase de discussão e um processo de briga entre os sócios capixabas e paulistas, o plano de recuperação foi homologado em 2019.

Esse plano aprovado pelos credores prevê que, para pagar as 1.480 pessoas físicas ou jurídicas com as quais o grupo tem dívidas, seriam realizados leilões de imóveis, veículos e linhas de ônibus da companhia.

A empresa já teve outros bens leiloados no Estado no ano passado e neste ano. Foram ofertados terrenos como, uma casa de luxo e uma antiga garagem que atendeu as viações Itapemirim e Kaissara. Os ativos ficam nos municípios de Guarapari e Cariacica, na Região Metropolitana de Vitória, e de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul capixaba.

Com a pandemia do coronavírus, que afetou duramente o setor de transportes, a Itapemirim conseguiu uma alteração no plano de recuperação judicial, com aprovação da Justiça, que passou a lhe permitir utilizar 80% dos valores arrecadados nos leilões para o custeio da operação da empresa e só os 20% restantes para o pagamento de credores.

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Com informações do Ministério da Infraestrutura e de arquivo de A Gazeta.

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