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Bolsa cai 10% e ativa circuit breaker para suspender pregão em dia de pânico

Bolsa cai 10% e ativa circuit breaker para suspender pregão em dia de pânico

Dólar chegou a R$ 4,80 nas primeiras horas do dia. Bolsa já abriu o pregão com 8% de desvalorização. Contratos do Ibovespa Futuro eram negociados com queda de 10%, sugerindo que a B3 iria interromper atividades. Ações da Petrobras caíram mais de 25%

Publicado em 9 de março de 2020 às 09:44

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Bolsa de valores: mercado está em forte queda por causa do coronavírus e da crise do petróleo. (IStock)

Em um pânico que tomou o mercado financeiro, a Bolsa de Valores de São Paulo (B3) iniciou o pregão com uma forte desvalorização, derrubando em 10% o Ibovespa. A forte retração levou a empresa a ativar o circuit breaker para suspender as operações. O sistema é adotado quando existe uma forte desvalorização das ações.

Com a queda no preço do petróleo, após a Arábia Saudita dizer que vai aumentar a produção em retaliação à Rússia, o mercado financeiro está em turbulência. As Bolsas asiáticas e da Europa tiveram forte queda nesta segunda-feira (09) e o Brasil acabou seguindo essa tendência.

Por aqui, o dólar já começou o dia sendo cotado a quase R$ 4,80. Logo cedo havia uma perspectiva de circuit breaker na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), pois os contratos futuros do Ibovespa abriram em queda de 10%. O sistema é usado quando há forte oscilação ou queda no mercado de ações.

Ibovespa já iniciou o pregão em queda de 8% e logo depois avançou para 9,31% até chegar aos 10%. A forte queda é reflexo à redução do preço do petróleo e do pânico dos investidores por causa do coronavírus. O medo é que esses dois fatores possam provocar uma desaceleração global. As ações da Petrobras já recuam mais de 25% e pesam sobre o Ibovespa, que está a 88.178 pontos.

Para conter o avanço do dólar, o Banco Central deve realizar uma intervenção ao vender US$ 4 bilhões das reservas. A valorização do câmbio é de mais de 3%. O cenário mostra o pânico global em relação ao atual cenário, influenciado pelo avanço do coronavírus no mundo e pela batalha do petróleo.

As Bolsas europeias operaram em baixa principalmente após a Itália divulgar que colocou parte do país em quarentena, devido ao novo vírus. O tombo também tem relação com o petróleo.

O preço do barril do tipo Brent abriu o pregão em queda de mais de 30%, chegando a ser comercializado ao valor perto de US$ 30. É a maior desvalorização desde a Guerra do Golfo, em 1991, quando o preço apresentou uma queda de 34,77%. Há especialistas afirmando que o produto pode chegar a ser cotado a US$ 20.

O risco-país também disparou com o atual cenário. O índice que avalia o cenário brasileiro é medido pelos contratos CDS 9Credit Default Swap) cresceu 34%. Tem sido negociado a 191 pontos. A última alta expressiva do inicador foi quando aconteceu o Joesley Day.

A alta do risco-país está relacionada ao temor de investidores sobre um possível dano do derretimento dos preços do petróleo e do surto de coronavírus sobre a economia brasileira.

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Com agências

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