> >
Desemprego cai, mas cresce número de capixabas que vivem de bicos

Desemprego cai, mas cresce número de capixabas que vivem de bicos

São 111 mil que sobrevivem de empregos esporádicos, cuja renda mensal é insuficiente para o sustento. Ainda longe do resultado ideal, dados do desemprego mostram que, aos poucos, a situação econômica do Estado começa a melhorar

Publicado em 19 de novembro de 2019 às 20:51

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Número de trabalhadores que vivem de bicos cresceu. (Fernando Madeira)

número de desempregados no Espírito Santo caiu, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) divulgados nesta terça-feira (19) pelo IBGE. A taxa de desocupação no terceiro trimestre do ano foi de 10,6%, a menor do período desde 2015. 

Não há, no entanto, só boas notícias. O número de capixabas que tentam sobreviver de bicos, ou seja, que estão subocupados, está cada vez maior e agora são 111 mil pessoas nessa situação. Somando esse número aos dos desempregados, são ao todo 339 mil desocupados e subocupados sem um emprego regular.

Esses capixabas vivem de "bicos" esporádicos, cuja renda mensal é insuficiente para o sustento. No mesmo período do ano passado, eram 94 mil pessoas no Estado nessa situação. O número, que tem crescido constantemente, chegou ao maior valor já registrado. A situação é semelhante a de 2012, quando eram 105 mil capixabas tentando sobreviver com trabalhos esporádicos.

Ainda longe do resultado ideal, especialistas avaliam que os dados mostram que, aos poucos, a situação econômica do Estado começa a melhorar. Para a economista Arilda Teixeira, eles são um bom sinal.

"Os dados mostram uma reação no mercado de trabalho, e isso é positivo. A taxa de desemprego aceitável seria de até 5%. Estamos com o dobro do aceitável pela estatística mundial, mas estamos melhorando.  Os dados mostram que as pessoas estão sendo mantidas no emprego e está havendo contratação. As demissões estão parando, diminuindo, e as contratações estão aumentando.  Os empresários com mais confiança, querendo aumentar a produção, investir mais, demitir menos e empregar mais. É um bom sinal", explica. 

RENDA MAIOR

Este vídeo pode te interessar

A Pnad também mostrou que a renda média do capixaba que atua no mercado formal também subiu. O trabalhador de empresa privada com carteira assinada, recebe por mês, em média, R$ 1.961. O valor é o mais alto já registrado desde 2012, quando a pesquisa passou a ser realizada. 

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais