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Publicado em 10 de julho de 2025 às 10:07
O governador Renato Casagrande (PSB) criticou, em postagem em suas redes sociais nesta quinta-feira (10), a tarifa de 50% imposta por Donald Trump aos produtos brasileiros. Nas palavras do governador, a medida é um "retrocesso" e "atende a motivações ideológicas".>
O tarifaço foi anunciado quarta-feira (9) e atinge o Espírito Santo, já que o país norte-americano é o principal destino dos produtos capixabas, representado 33,9% do que foi exportado de janeiro e junho deste ano.>
Já em conversa com a imprensa na tarde desta quinta, Casagrande afirmou que as medidas de Trump “não tem o amparo do bom senso”.>
“É uma tarifa ideológica. Então, é natural que o governo brasileiro possa reagir veementemente a qualquer tentativa de interferência nas instituições brasileiras. Na área política, essa é a condição mais correta na minha avaliação. Na área econômica, o Brasil deve avaliar com os setores atingidos qual medida é interessante e menos prejudicial”, disse Casagrande.>
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Renato Casagrande
Governador do Espírito SantoAinda segundo Casagrande, a visita do presidente Lula ao Espírito Santo, marcada para sexta-feira (11), será aproveitada para diálogos sobre os impactos no Estado.>
“Nossa conversa agora é com o governo federal. Lula estará aí amanhã e, com essa conversa, vamos entender qual é a melhor medida [para o mercado capixaba]”, completou o chefe do Executivo estadual.>
Entre os setores capixabas mais expostos à nova taxação estão aços, rochas ornamentais, papel e celulose, minério e café – todos com forte peso na estrutura econômica capixaba. >
A Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) considerou a tarifa de 50% de "arbitrária". Já a Associação Brasileira de Rochas Naturais (Centrorochas) considera que a medida ameaça o desempenho das empresas e compromete uma cadeia produtiva que gera cerca de 480 mil empregos diretos e indiretos no país.>
"Trata-se de uma medida extremamente severa, tomada com base em interesses político-partidários internos e que rompe com os princípios fundamentais que regem o comércio internacional", afirmou Paulo Baraona, presidente da Findes.>
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