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51 empresas de fachada no ES têm sócios recebendo Bolsa Família

51 empresas de fachada no ES têm sócios recebendo Bolsa Família

Investigação da Receita Estadual descobre que pessoas de baixa renda são usadas como laranjas para constituição de negócios  fraudulentos

Publicado em 5 de novembro de 2020 às 11:58

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Imóvel em Vila Velha onde seria uma das empresas de fachada. O bairro não foi informado pela Sefaz
Imóvel em Vila Velha onde seria uma das empresas de fachada. O bairro não foi informado pela Sefaz. (Sefaz/Divulgação)

Pessoas de baixa renda, beneficiadas pelo programa Bolsa Família, estão como sócias de 51 empresas de fachada no Espírito Santo. As irregularidades foram descobertas pela Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) por meio da investigação 'Laranjal', conduzida pela equipe de auditores fiscais da Receita Estadual.

Os negócios foram constituídos, segundo o Fisco, com a finalidade de fraudar o sistema tributário, com a sonegação do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS).

Notas fiscais frias emitidas pelas companhias registraram vendas falsas no montante de R$ 200 milhões, causando um prejuízo na ordem de R$ 20 milhões ao Tesouro Estadual. A Sefaz explica que 82% dessas operações foram feitas com outros Estados.

De acordo com o órgão, as apurações para encontrar laranjas começou em 2017. Entre 2019 e 2020, foram descobertas 38 firmas fantasmas que contam como donos os integrados do programa social do governo federal.

“Em uma das empresas cadastradas como varejista de alimentos houve a suposta venda de mais de três milhões de mercadorias em apenas dez dias, em um local que não havia nada, conforme diligência no local. Se não houvesse uma ação rápida, esse valor seria muito superior”, afirma o auditor fiscal Paulo Dalboni.

Mais da metade das empresas está localizada na Região Metropolitana da Grande Vitória, sendo Cariacica a cidade mais utilizada para criação dessas empresas laranja. Os produtos mais observados nas fraudes são alimentos e bebidas alcoólicas, tanto em empresas atacadistas como em varejistas. 

Com informações da assessoria de imprensa da Sefaz.

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