
Após os números divulgados na semana passada, o Instituto Butantan detalhou nesta terça-feira (12) que a vacina Coronavac tem eficácia geral de 50,38% contra a Covid-19. Em entrevista à Rádio CBN Vitória A nesta tarde, o secretário de Saúde do Espírito Santo, Nésio Fernandes, frisou que, ainda assim "a Coronavac é uma vacina extraordinária", e que é muito boa para ser aplicada na população brasileira.
Nésio Fernandes
Secretário da Saúde do ES
"Ela tem eficácia superior a 50%. Tem segurança, foi desenvolvida com tecnologia conhecida, tem todas as fases com resultados bons. Qualquer vacina com eficácia acima de 50% é totalmente apta a ser utilizada em estratégias de imunização comunitária da população. É uma vacina muito boa a ser aplicada em massa nos brasileiros"
Nésio destacou que não é preciso haver uma competição entre as instituições, e que isso só politiza o resultado da eficácia da vacina. "Nosso interesse é salvar vidas, retomar a economia, preservar as atividades sociais e fazer com que as pessoas saiam dessa pressão e esgotamento mental que estamos vivendo", esclareceu o secretário.
Ainda sobre o índice da eficácia, Fernandes diz que o número dá segurança e que, optando pela ciência e garantindo que a vacina seja segura e com eficácia satisfatória para alcançar uma imunidade coletiva, é suficiente para ser adotada como estratégia de vacinação em massa.
"Eu não me frustro, já tinha a expectativa de alterações no resultado de eficácia. Agora começa a fase 4, que é a aplicação na população em geral. E é possível que diversas vacinas apresentem eventos que possam levar a uma interrupção temporária ou definitiva", disse.
ARMAZENAMENTO
Nésio diz que os Estados já levam em consideração que uma situação ideal é de que a vacina tenha uma conservação em torno de 2 a 8 °C, e também a quantidade de doses necessárias para a imunização da população, seja uma ou duas doses. "Hoje, mais do que ninguém, dependemos da Anvisa para acelerar toda a análise e documentação para uso emergencial. A maioria dos Estados está preparado com seringas e outros insumos", completou.
Questionado pelo jornalista Fábio Botacin, âncora do CBN Cotidiano, Nésio afirma ainda acreditar que no final de janeiro é possível que se inicie a vacinação no Espírito Santo, mas ressalta que ainda serão pelo menos seis meses para ter uma boa quantidade de brasileiros vacinados.
"Ainda não temos uma agenda e sim expectativa de calendário claro e objetivo. Países que já iniciaram a vacinação ainda têm crescimento de casos e óbitos. Não podemos ter a falsa sensação de segurança de que o início já representa o fim desse capítulo que estamos vivendo", finalizou o secretário.
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