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"Peço a Deus para ele voltar", diz esposa de vítima em coma após atropelamento

"Peço a Deus para ele voltar", diz esposa de vítima em coma após atropelamento

Joenilton Xavier de Assis, de 33 anos, é uma das seis vítimas do atropelamento ocorrido no último dia 12. Uma semana após o acidente, ele continua internado na UTI

Publicado em 19 de janeiro de 2023 às 17:27

Joenilton Xavier de Assis, de 33 anos – uma das seis vítimas do atropelamento em São Gabriel da Palha – e a esposa Dulcilene Ferreira, de 34 anos.
Joenilton Xavier de Assis, de 33 anos – uma das seis vítimas do atropelamento em São Gabriel da Palha – e a esposa Dulcilene Ferreira, de 34 anos. Crédito: Acervo pessoal

Joenilton Xavier de Assis, de 33 anos – uma das seis vítimas do atropelamento em São Gabriel da Palha, no Noroeste do Espírito Santo – seguia para a rodoviária do município com destino a capital Vitória, onde ele se encontraria com a esposa para aproveitarem as férias. O que deveriam ser momentos felizes para o casal, se transformou em dias de angústia para a esposa, Dulcilene Ferreira, de 34 anos. 

Uma semana após o acidente, que ocorreu no último dia 12, Joenilton segue em coma, internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Estadual Sílvio Avidos, em Colatina.

"Ele estava indo para a rodoviária, eu estava me arrumando para ir também. Tinha acabado de falar com meu marido no telefone, quando me ligaram e falaram da tragédia [...] Peço a Deus para trazer o Joenilton de volta"

Dulcilene Ferreira

Esposa de Joenilton
Joenilton Xavier de Assis, de 33 anos – uma das seis vítimas do atropelamento em São Gabriel da Palha – e a esposa Dulcilene Ferreira, de 34 anos. Crédito: Acervo pessoal

A esposa de Joenilton contou para a repórter Carolina Silveira, da TV Gazeta Noroeste, que desde o acidente não consegue voltar para a casa em que vivia com o marido. Ela dorme na casa de uma amiga, e fica no hospital em que o marido está internado. “Eu não consigo ficar em casa sozinha”, afirma a mulher, muito emocionada.

Das seis vítimas, Joenilton é a única que continua em estado mais grave. No momento do acidente, ele estava caminhando em uma rua do bairro Nossa Senhora Aparecida, junto com dois primos, de 19 e 17 anos. Os três seguiam para a rodoviária, quando foram atingidos e arrastados por uma caminhonete.

Imagens impressionantes registradas por câmeras de videomonitoramento flagraram o acidente. O jovem e o adolescente tiveram escoriações por todo o corpo, e já receberam alta do hospital.

Segundos após os três serem atropelados, outras três vítimas – entre elas dois motociclistas e um menino – que conversam em frente a uma pizzaria são atingidos pelo mesmo carro. Os três tiveram ferimentos leves. Uma mulher que estava perto consegue se afastar, e por pouco não é atingida.

Dulcilene afirma que, apesar da recuperação física, os primos de 17 e 19 anos agora precisam conviver com os traumas psicológicos causados pelo acidente. “Agora é mais o psicológico. Só Deus para tirar as lembranças ruins deles”, diz.

Além da recuperação do marido, ela espera que a Justiça seja feita.

"Se a Justiça do homem falhar, a de Deus não falha. Eu não desejo nada de mal para ele (o motorista), ou para a família dele, só quero Justiça."

Dulcilene Ferreira

Esposa de Joenilton

Motorista diz que passou mal

O motorista da caminhonete que atropelou as seis vítimas, só se apresentou na delegacia do município na última terça-feira (17), e afirmou que passou mal ao volante. Após o atropelamento, o condutor fugiu sem prestar socorro às vítimas e abandonou o veículo em outro lugar. O nome e idade do homem não foram divulgados.

"Ele informou que teve um mal súbito no momento do acidente, e alega que sentiu risco pessoal e por isso evadiu do local", afirma o delegado Ricardo de Oliveira, titular da Delegacia de Polícia de São Gabriel da Palha.

Sobre a demora em se apresentar à polícia, o motorista informou durante o interrogatório que, devido ao mal súbito, precisou cuidar da saúde.

De acordo com a Polícia Civil, o caso está sendo investigado como lesão corporal culposa – quando não há intenção. Por isso, a corporação explicou que não cabe o pedido de prisão preventiva, e o motorista foi liberado após o depoimento.

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