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Pandemia deve atrasar aquaviário e integração do Transcol, diz governo do ES

Pandemia deve atrasar aquaviário e integração do Transcol, diz governo do ES

A secretaria de Estado de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi) diz que concentra os esforços para manter a sustentabilidade das empresas que operam o Transcol na pandemia de Covid-19 antes de integrá-lo aos coletivos municipais

Publicado em 16 de julho de 2020 às 09:55

Muitos usuários do Transcol estão usando a máscara de proteção contra o coronavírus. Mas ainda é possível ver alguns em ela ´
Ônibus do Transcol, que circula entre os municípios da Grande Vitória Crédito: Carlos Alberto Silva

pandemia do novo coronavírus deve atrasar pelos menos dois projetos de mobilidade urbana que são bandeiras do governo do Estado para melhorar o transporte público na Grande Vitória: a integração dos ônibus municipais de Vitória e Vila Velha ao sistema Transcol e a implantação do aquaviário.

Com a queda brusca no número de passageiros registrada desde março, quando entraram em vigor as primeiras medidas de isolamento social no Espírito Santo, a Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi) afirma que concentra os esforços para manter a sustentabilidade das empresas que operam o Transcol antes de integrá-lo aos coletivos municipais.

Com a integração, o passageiro, por exemplo, vai poder embarcar em um ônibus da linha municipal de Vitória, descer em um ponto - ainda a ser definido – e, depois, embarcar em um ônibus do Transcol. Pelo trajeto, feito com duas linhas de ônibus diferentes, o passageiro vai pagar apenas uma passagem. A previsão era de que isso ocorresse no primeiro semestre de 2020, mas o avanço da Covid-19 fez o governo do Estado frear o cronograma.

"Com certeza (atrasou). A gente começou a parte da integração física, com o cartão GV, mas chegou nesse contexto de pandemia. Nós temos 1500 ônibus do Transcol, dois consórcios e a gente precisava manter o Transcol funcionando. Não adianta nada fazer a integração e ter mais empresas quebrando, mais empresas sem sustentabilidade", argumentou o secretário de Estado de Mobilidade, Fábio Damasceno.

A demanda de passageiros chegou a cair mais de 70% no início da pandemia; hoje a queda é de 55%. Entre as estratégias adotadas para não desequilibrar o sistema nesse período, estão a retirada dos cobradores dos ônibus e o pagamento do combustível dos coletivos, com recursos do governo, por três meses.

O secretário Fábio Damasceno, no entanto, continua defendendo a integração e diz que ela vai ocorrer, embora não consiga apontar uma data para que isso aconteça. "A gente precisava recuar um pouco para entender como vai ficar o processo de pandemia, como vai ser a retomada dos passageiros para depois voltar à análise da integração. É obvio que ela precisa ser feita, mas precisamos primeiro manter o Transcol saudável para atender a população e não ter paralisação como ocorreu em outros Estados. Não pode transformar a integração em um problema", comentou o secretário.

Outra aposta do governo para diminuir os gargalos no transporte público, o aquaviário, com pontos de atracagem em Vila Velha, Vitória e Cariacica, também é um projeto que deve sofrer impactos da pandemia. O secretário Fábio Damasceno garante que o aquaviário vai sair do papel, mas hoje não crava uma data para início da operação – em janeiro, antes da pandemia, o governador Renato Casagrande afirmou que a previsão era de que essa operação começasse em 2021.

"Tem a questão da pandemia, mas o aquaviário é prioridade e é bom destacar que nenhum projeto na área de mobilidade foi parado. O nosso desejo é que a gente consiga lançar esse ano a licitação, mas tem a questão da pandemia. Não temos ainda uma previsão de início de obras, agora que vamos definir datas", ponderou Damasceno.

Segundo o secretário, a pasta está finalizando o projeto executivo dos píeres e fechando a parte orçamentária. Um dos próximos passos é a elaboração do edital para licitar as obras do aquaviário.

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