Repórter / [email protected]
Publicado em 24 de janeiro de 2024 às 15:47
Piranema, em Cariacica, será o primeiro bairro do Espírito Santo a receber o projeto Favela 3D (digna, digital e desenvolvida), que visa reduzir as desigualdades no país, ao facilitar a implantação de serviços básicos, investimentos em infraestrutura, entre outras ações que promovam o desenvolvimento social, digital e a geração de renda à comunidade. >
O projeto, criado pelo Instituto Gerando Falcões, já funciona em locais como a Favela Marte, em São José do Rio Preto (SP), Vergel do Lago, em Maceió (AL) e Morro da Providência, no Rio de Janeiro (RJ), e busca, sobretudo, a melhoria da qualidade de vida da população das favelas, conforme explicou o fundador e presidente da instituição, Edu Lyra.>
O Favela 3D tem como pilares intervenções urbanas e habitacionais, educacionais, sociais — inclusive voltada ao empoderamento de mulheres —, além do desenvolvimento econômico, este último por meio de ações como capacitação profissional, apoio ao emprego e renda, entre outras iniciativas.
>
“A missão da Gerando Falcões é vencer a pobreza, e a gente está sempre testando como chegar lá. Tem quatro anos que a gente bolou a Favela 3D, então a gente está viajando o mundo, tendo referências como Bangladesh, como Medellín, e estamos fazendo investimentos que já passam da ordem de R$ 100 milhões para descobrir uma estrada de superação da pobreza, com cases como na Favela Marte e na Favela dos Sonhos, em São Paulo. Agora, estamos começando a espalhar isso pelo Brasil.”>
>
A definição de Piranema como projeto-piloto em território capixaba foi feita após conversas com o governo do Estado, que assinou, nesta quarta-feira (24), o protocolo de intenções para implantação da Favela 3D no bairro cariaciquense.>
Questionado se há planos de levar o projeto a outras favelas capixabas, Lyra declarou que o desejo é "fazer no Brasil inteiro. A primeira discussão é fazer isso dar certo (em Piranema), fazer um case para o Estado ver e querer replicar".>
Segundo o governador Renato Casagrande, a primeira etapa do projeto consiste na realização de um diagnóstico das necessidades da comunidade, que permitirá entender quais são os investimentos necessários para que Piranema se desenvolva.>
“O primeiro momento do projeto é o diagnóstico e, depois, um plano de trabalho que vai ser executado pelos órgãos públicos, pelo setor privado, mas com acompanhamento do Instituto Gerando Falcões, que vai nos ajudar a estabelecer mais ações, mais serviços públicos e mais dignidade”, explica, destacando que o desejo é “que Piranema seja um modelo, que sirva para ser replicado em outras comunidades urbanas do nosso Estado”.>
A diretora de Tecnologias Sociais da ONG, Nina Rentel, pontua que a previsão é de que o estudo diagnóstico seja iniciado entre o final de fevereiro e o mês de março, levando até 90 dias para ser concluído depois disso.>
“No mapeamento, a gente já conversa com o governo para entender quais outros dados já existem, porque há muitos dados. A gente também mapeia quais políticas públicas, quais soluções estão previstas, quais já existem, porque isso tudo a gente vai amarrando num grande plano de transformação, que envolve as soluções do poder público e também as demandas e as soluções que já existem do território.”>
A expectativa, ainda de acordo com a diretora, é de que, em seis meses, as responsabilidades de cada ente já estejam definidas para que possam dar andamento às ações que efetivamente impactarão na vida da população.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta