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Currículo escolar da rede estadual do ES vai sofrer alterações

Currículo escolar da rede estadual do ES vai sofrer alterações

Segundo o secretário de Estado da Educação, Vitor de Angelo,  as adaptações decorrem do tempo para cumprir as atividades nas escolas, que foi reduzido em decorrência da pandemia do novo coronavírus.

Publicado em 25 de junho de 2020 às 19:25

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O secretário de Educação, Vitor de Ângelo, em coletiva nesta quinta (25)
O secretário de Educação, Vitor de Ângelo, em coletiva nesta quinta (25). (Reprodução)

A partir da próxima segunda-feira (29), as escolas da rede estadual  vão receber novas diretrizes operacionais do programa EscoLAR.  Será a sua segunda versão. Uma das alterações  é a readequação do currículo a ser adotado em todas as unidades, segundo informou o secretário de Estado da Educação, Vitor de Angelo.

As adaptações decorrem do tempo para cumprir as atividades nas escolas, que foi reduzido em decorrência da pandemia do novo coronavírus. “Temos o currículo e menos tempo para cumpri-lo. Essa readequação do produto é de um trabalho conjunto e colaborativo. Isso entrou nessas diretrizes que vamos encaminhar à nossa rede no início da próxima semana".

O trabalho, feito em parceria por técnicos da Secretaria de Estado da Educação (Sedu) e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) será concluído nesta sexta-feira (26). Esta sendo avaliado, segundo o secretário, as competências e habilidades mais significativas para os alunos, e que não haja diferenças entre o que é ensinado nas escolas estaduais e nas municipais. “No caso do aluno sair de uma escola estadual e for para a municipal não ter prejuízo”, ponderou.

O mês de julho também será aproveitado para novos investimentos na formação dos professores da rede estadual. “Daqui para a frente, vamos avaliar com a pedagogia de projetos para ensino médio e anos finais do ensino fundamental, e com projetos de investigação para os anos iniciais do fundamental. Vão ser oferecidas formações nestas duas metodologias”, explicou o secretário.

ANO LETIVO

De acordo com o secretário, o futuro do ano letivo ainda não está totalmente definido. Em live do Laboratório de Gestão da Educação Básica do Espírito Santo (Lagebes), da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), na noite da última quarta-feira (24), o secretário já havia antecipado  que optar por cancelar é uma decisão que pode ser precipitada e equivocada.

"Alguns países cancelaram no Hemisfério Norte, mas eles estavam em um momento diferente do ano letivo, mais no fim. Nós só tivemos alguns poucos dias de aula. Então, a essa altura, a decisão é difícil de tomar e se a gente tomar uma decisão, ela pode, daqui a pouco, parecer precipitada diante de alguma outra decisão do Ministério da Educação (MEC), de alguma decisão maior e mais ampla", explicou durante a live. 

Segundo Angelo, ainda está sendo discutido com a Undime as várias opções para o ano letivo de 2020. “Temos várias opções, como terminar em 2020, repondo várias aulas e cumprindo as 800 horas obrigatórias; ou podemos não repor aulas e avançar pelos meses até 2021. Outra alternativa que está sendo proposta é a flexibilização das 800 horas obrigatórias, que é reivindicação de vários setores, entendendo que é complicado cumpri-las”, explicou.

AULAS PRESENCIAIS

Outra dúvida é o momento de se retomar com as aulas presenciais,  suspensas desde março deste ano como uma das medidas de conter a proliferação da Covid-19 no Brasil. Em 15 de abril foi iniciado o programa EscoLAR, com aulas remotas, por TV, aplicativo ou material impresso.

Mas a  adoção do programa  não significa, segundo o secretário, que existam fases diferenciadas na educação.  Ele observa que o comportamento da doença, com a possibilidade de uma segunda onde de contaminação e as incertezas de como a situação impactará o Estado, o provável é que se tenha um calendário híbrido.

“Temos regiões que, segundo o mapa de risco, se comportam de maneira diferente de outras em termos de contaminação. O que poderemos ter é um calendário de ensino híbrido: há momentos presenciais e remotos. Poderá haver situação em que tenhamos momento remoto mais perene, porque a pandemia pode ter uma segunda onda e aulas presenciais poderão ser suspensas por um tempo”, explicou.

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