Publicado em 17 de julho de 2020 às 16:02
Municípios que passaram a fazer parte das cidades com risco alto para a transmissão do novo coronavírus, no Sul do Espírito Santo, ainda não seguem o decreto estadual que restringe o funcionamento do comércio. Cidades nesta classificação devem abrir em dias alternados de acordo com o segmento. Há comerciantes que ainda descumprem as determinações, abrindo nos dias que deveriam estar fechados. Para os lojistas, há confusão entre as diretrizes das prefeituras e do governo estadual. >
De acordo com decreto estadual, nos dias ímpares do calendário, podem funcionar com atendimento presencial estabelecimentos comerciais que vendem eletrodomésticos, materiais de construção, lojas de peças automotivas e de veículos. Já nos pares, lojas de confecções, calçados, perfumarias e similares. Na tarde desta quarta-feira (15), uma equipe da TV Gazeta Sul flagrou diversas lojas de todos os segmentos abertas em Jerônimo Monteiro, um dos municípios em risco alto. >
Para os comerciantes, muitos abrem porque as informações ainda não estão claras. É o que avalia o dono de uma loja de roupas no Centro da cidade. O prefeito fez reunião com os comerciantes para tratar o assunto e não fui por conta da aglomeração. Ele disse que ia deixar como 'tá' porque Jerônimo é mais pacata, mas teve comunicado que haveria alteração nos horários, comentou o comerciante, Ramon dos Reis. A cidade tem pouco mais de 12 mil habitantes e, até a manhã desta sexta-feria (17), confirmou 122 casos e 3 mortes. >
O assunto ainda não tem definição no município. Questionada, a prefeitura disse que ainda está debatendo a questão com o comércio local para elaborar um novo decreto, considerando a realidade a cidade. Disse também, em nota, que a municipalidade faz campanhas de conscientização para o isolamento social, intensificou a fiscalização dos munícipes em vias públicas e no comércio para atender às normas da saúde e evitar as aglomerações. >
>
Outra cidade sulina ainda sem decreto municipal com definições para as atividades do comércio é Atílio Vivácqua. Internautas também registram o desrespeito durante a última quarta-feira (15) e flagraram lojas de todos os segmentos funcionando normalmente. A prefeitura do município se pronunciou e afirmou também que ainda discute como adequar a cidade ao novo Mapa de Risco.>
Para a autônoma Lariana da Silva, o que falta é conscientização de todos. "Não adianta nada fechar o comércio e ter aglomeração. Sou comerciante e tenho que trabalhar para sobreviver, mas a população tem se conscientizar", disse a comerciante. >
O novo Mapa de Gestão de Risco, elaborado pelo Governo do Estado, começou a vigorar desde segunda-feira (13) e vai até o domingo (19). Nesta semana, 41 cidades seguem em risco alto e outras 37 em risco moderado. O parâmetro define como os municípios devem se comportar durante uma semana.>
O Mapa de Risco leva em consideração, entre outros fatores, o índice de isolamento social e a disponibilidade de leitos de UTI. Entraram em risco alto: Afonso Cláudio, Apiacá, Atílio Vivacqua, Brejetuba, Jerônimo Monteiro, Mimoso do Sul, Pinheiros, Sooretama, Venda Nova do Imigrante e Vila Valério. >
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta