Publicado em 4 de junho de 2021 às 11:17
A atriz Juliana Paes, 42, está envolvida em uma polêmica. Depois de ser duramente criticada na internet por defender a médica Nise Yamagushi, que participou da CPI da Covid, agora ela veio a público rebater uma "cara colega" da dramaturgia que a "agrediu" com palavras. >
Paes diz que resolveu se posicionar politicamente depois de, segundo ela, "ter sido acusada de ser covarde, desonesta e criminosa" por uma atriz cujo nome ela prefere omitir. >
Em vídeo publicado nesta quarta-feira (2), a atriz afirma que discorda da opinião da "colega" que disse que ela não se posiciona. "Cara colega, apesar de ter sido agredida por suas palavras caluniosas, eu me dispus a te responder", começou. >
"Já falei publicamente sobre querer vacinas, mas eu não vou fazer isso todos os dias. Fui a primeira a pedir que as pessoas ficassem em casa quando você ainda nem estava tão preocupada, mas não me sinto no direito de pedir para as pessoas ficaram sem trabalhar", disparou. >
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A atriz negou que seja eleitora do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), como a pessoa que ela diz tê-la atacado teria dado a entender. "Eu não sou 'bolsominion' como o pessoal adora falar. Tenho críticas severas a esse que nos governa. Por outro lado não quero que governe o Brasil essa oposição que se insinua para o futuro. Então estou num ambiente onde não me sinto representada por ninguém", justificou. >
Na sequência, Juliana disse que não aprova "os ideais arrogantes de extrema direita nem os delírios comunistas da extrema esquerda". "Quero respeito, acolhimento a todas as causas minoritárias. Mas quero que isso aconteça independentemente de ideologia política", completou. >
Na visão dela, não é por que uma pessoa não fala de política o tempo inteiro que necessariamente está de um lado ou de outro. A atriz criticou o que chamou de "polarização doentia". >
"Eu não admito ser colocada em nenhum desses dois polos. Não quero contribuir para essa polarização doentia. Não nesse momento obscuro onde o ódio reverbera mais. Ou você é isso ou é aquilo. Isso não existe. Somos múltiplos", concluiu. >
A atriz Letícia Sabatella, 50, não concordou com o que foi dito por Juliana e a chamou para uma conversa. "Sempre tive e sigo com o mesmo carinho e admiração por você. Um dia, a gente pode conversar com calma, te mostraria que, através de muitas fake news disseminadas para acreditarmos que o Brasil corre o risco de virar uma ditadura comunista, partem de quem está querendo implantar uma ditadura em nosso país", disse. >
Por mais que não tenha sido citada, a atriz Samantha Schmütz, 42, com quem Paes contracenou em 2015 na novela "Totalmente Demais" (Globo), rebateu tudo o que foi dito por ela. Assim, tem sido apontada como o alvo das críticas de Juliana. >
"Não existe nenhuma 'extrema esquerda' atuando com poder relevante no Brasil", disse a atriz em mensagens pelas redes sociais. >
"Não é obrigação de nenhum artista ou de qualquer cidadão ter uma posição política pública. Mas é bem-vindo aquele que quando resolve se pronunciar entenda minimamente sobre o que escolheu colocar em pauta", emendou Schmütz. >
Na quarta-feira (2), Samantha já havia publicado uma indireta no Instagram. "Gente, quem não está falando não é porque está em cima do muro. É porque está do outro lado do muro mesmo. O lado que dá vergonha de estar", publicou. >
Os nomes de ambas figuraram entre os assuntos mais comentados nas redes sociais assim como a palavra "comunismo", citada por Juliana em seu discurso. >
Procurada, a assessoria de imprensa de Samantha Schmütz disse que ela não comentaria o caso. >
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