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Pix poderá se tornar identidade digital, diz presidente do BC

Pix poderá se tornar identidade digital, diz presidente do BC

Campos Neto ressaltou que a digitalização pode tornar serviços públicos mais eficientes e menos burocráticos

Publicado em 14 de abril de 2021 às 19:12- Atualizado há 3 anos

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Pix é um novo meio de pagamento eletrônico do Brasil lançado oficialmente pelo Banco Central no dia 5 de outubro de 2020, com início de funcionamento integral em 16 de novembro de 2020
Pix é um novo meio de pagamento eletrônico do Brasil lançado oficialmente pelo Banco Central no dia 5 de outubro de 2020, com início de funcionamento integral em 16 de novembro de 2020. (Tiago Caldas /Fotoarena/Folhapress)

O presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, afirmou que o Pix, serviço de pagamentos instantâneos brasileiro, poderá evoluir para outras funcionalidades e eventualmente se tornar uma espécie de identidade digital.

"A gente entende que pode expandir isso [o Pix] para melhorar ainda mais a qualidade de vida das pessoas com serviços públicos e eventualmente até se tornando uma identidade digital, como foi feito na Índia", disse durante evento virtual promovido pela Embaixada da Índia nesta quarta-feira (14).

"O projeto pode ter outras dimensões. Temos desenvolvido novas funcionalidades no Pix que vêm da interação com a sociedade, de entender as demandas. Podemos expandir a plataforma para ter maior ganho de eficiência", completou.

Segundo ele, rápida adesão das pessoas ao sistema de pagamentos instantâneos foi uma surpresa.

"Esperávamos algo como 20 milhões em seis meses e isso foi feito em poucos dias. Hoje temos 206 milhões de chaves [no Pix]", afirmou.

Campos Neto ressaltou ainda que a digitalização pode tornar serviços públicos mais eficientes e menos burocráticos.

Para Campos Neto, o movimento começou nos meios de pagamentos, mas pode evoluir para novos modelos de negócios e para a prestação de serviços, inclusive públicos.

"Isso pode evoluir para ser um modelo de prestação de serviços do governo, no qual se presta mais serviços de forma digital, mais barata e com menos burocracia. As pessoas podem contratar serviços, abrir contras, pedir recursos e outras coisas do dia a dia", avaliou.

Ele afirmou também a autoridade ainda acerta "pequenos detalhes" de como será a moeda digital brasileira. Estão em discussão, destacou, se ela será remunerada e rastreável, bem como se o BC será o único emissor.

Campos Neto afirmou que tem conversado com autoridades monetárias de outros países e que deve haver coordenação entre os bancos centrais.

O presidente do BC afirmou que o open banking, ou sistema financeiro aberto, possibilitará aos clientes receber ofertas de produtos e serviços mais adequados ao seu perfil e mais baratos. Além disso, a ferramenta abrirá caminho para novos modelos de negócio dentro do sistema financeiro.

O open Banking está em implementação no Brasil desde o início deste ano e vai permitir que o consumidor compartilhe seus dados e escolha produtos financeiros mais vantajosos em uma única plataforma.

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