Publicado em 3 de dezembro de 2019 às 12:40
A CRE (Comissão de Relações Exteriores) do Senado aprovou, em votação simbólica, a reforma da Previdência dos militares.>
O projeto, agora, segue para o plenário da Casa. Senadores ligados às carreiras das Forças Armadas, policiais militares e bombeiros dos estados querem votar a proposta no plenário ainda nesta semana.>
O governo ainda tenta um acordo, principalmente com a oposição, para evitar mudanças no projeto.>
A reforma da Previdência dos militares já passou pela Câmara. Alterações no texto no Senado poderiam atrasar ainda mais a análise das novas regras de aposentadoria, que voltariam para avaliação dos deputados.>
>
Senadores oposicionistas tentam ampliar a remuneração de militares de patentes baixas e praças -categorias que exigem menor grau de instrução- para que tenham o mesmo aumento de gratificação previsto para as altas patentes.>
O governo enviou em março ao Congresso o projeto que endurece os critérios para que militares entrem na inatividade.>
A categoria, base eleitoral do presidente, Jair Bolsonaro, pressionou e conseguiu que, na mesma proposta, fosse incluída a reestruturação nas carreiras das Forças Armadas.>
A estimativa era que R$ 10,45 bilhões seriam economizados em dez anos considerando as novas regras de aposentadoria e as benesses concedidas a integrantes do Exército, Marinha e Aeronáutica.>
Apesar das mudanças feitas no Congresso, técnicos do Ministério da Economia afirmam que o impacto fiscal não sofreu muita alteração para a União.>
A Câmara aliviou os requisitos para quem ainda vai se aposentar e, em troca, previu um aumento mais rápido da tributação paga pelos militares como forma de bancar as pensões.>
Em relação à contribuição, o novo texto prevê que a alíquota suba dos atuais 7,5% para 9,5%, em 2020, e para 10,5%, em 2021. A proposta original previa um escalonamento para chegar em 10,5% em 2022.>
A ideia do governo era que, para entrar na reserva, seria necessário completar os 30 anos de contribuição mais um "pedágio" de 17% sobre o tempo restante. >
O projeto prevê um aumento, de 30 anos para 35 anos, no tempo mínimo de serviço apenas para quem ainda ingressar nas Forças.>
Parlamentares ligados à área de segurança pública articularam a inclusão de policiais militares e bombeiros na proposta. >
O projeto aprovado prevê que esses profissionais seguirão as mesmas regras das Forças Armadas e pagarão as mesmas taxas de contribuição.>
Essas categorias querem aposentadoria integral e que o benefício seja corrigido de acordo com os aumentos dados a quem está na ativa.>
Com as mudanças feitas, a previsão de economia de aproximadamente R$ 53 bilhões para os estados, com a reforma para policiais militares e bombeiros, poderá sofrer alteração.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta