Publicado em 25 de outubro de 2019 às 09:43
Em encontro com o dirigente chinês Xi Jiping, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) convidou a China a participar do leilão de cessão onerosa de petróleo que acontece no início de novembro.>
"É o maior leilão de petróleo e gás. A China não pode ficar ausente nesse momento", disse Bolsonaro nos minutos oficiais da reunião no Grande Salão do Povo nesta sexta-feira (25). O setor de petróleo é considerado estratégico pelo governo brasileiro.>
Já o dirigente chinês frisou a proximidade de China e Brasil como países emergentes -em uma referência indireta ao alinhamento do governo brasileiro com os Estados Unidos.>
"Vai se manter inalterada a tendência de ascensão coletiva de países emergentes como China e Brasil. Acredito que nossa relação terá um futuro brilhante", disse Xi.>
>
Bolsonaro também ressaltou que a reforma da Previdência trouxe previsibilidade aos investidores interessados em apostar no país e que o Brasil quer agregar valor às suas exportações "no que for possível".>
Ele fez questão de frisar que estava muito "feliz" como "a maneira" como vem sendo tratado por diversos representantes do governo chinês.>
Pouco antes do encontro de trabalho com Xi e seus auxiliares, Bolsonaro foi recebido com pompa em cerimônia na Praça da Paz Celestial em Pequim.>
Bolsonaro e Xi passaram em revista a Guarda de Honra do Exército chinês após ouvir o Hino Nacional Brasileiro. Depois foram saudados por um grupo de crianças que pulavam e balançavam flores e bandeiras dos dois países.>
Antes de se encontrar com Xi, o presidente brasileiro se reuniu também com Li Zhanshu, presidente da Assembleia Popular, e Li Keqiang, primeiro-ministro.>
As declarações de Bolsonaro e de sua equipe em Pequim representam uma forte mudança de rumo em relação à campanha eleitoral e ao início do governo.>
Durante a campanha, o então candidato visitou Taiwan, um tema politicamente delicado para a China, e chegou a afirmar que "a China não estava comprando no Brasil, mas o Brasil".>
No início do governo, em aula magna para os alunos do Instituto Rio Branco, o chanceler Ernesto Araújo disse que "o Brasil não ia vender a alma para exportar soja e minério para a China".>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta