> >
Bolsa fecha em alta de 1,44%, a 105.605,17 pontos, e avança 11% no mês

Bolsa fecha em alta de 1,44%, a 105.605,17 pontos, e avança 11% no mês

O giro financeiro totalizou R$ 27,9 bilhões e, na semana, o índice acumula avanço de 3,15%, cedendo 8,68% no ano, o menor percentual de perdas acumuladas

Publicado em 29 de julho de 2020 às 18:07

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Movimentação Bolsa de Valores, índice BOVESPA na Bolsa de Valores de São Paulo, mercado, ações, negócios
Movimentação Bolsa de Valores, índice BOVESPA na Bolsa de Valores de São Paulo, mercado, ações, negócios. (Bruno Rocha/Agência O Globo/ Arquivo AG)

Em dia positivo no exterior, com ganhos acentuados à tarde após a reafirmação do compromisso do Federal Reserve de que persistirá no afrouxamento monetário, em meio a já ampla provisão de liquidez à economia, o Ibovespa escalou mais um degrau, agora na faixa dos 105 mil pontos, acumulando até aqui no mês sua maior recuperação desde o tombo de 29,90% em março. Com a alta de 1,44% nesta quarta-feira (29), aos 105.605,17 pontos, os ganhos em julho chegaram hoje a 11,10%, superando o avanço de 10,25% em abril, que havia sido o maior para o mês desde 2009 e também o melhor do atual ciclo de recuperação.

Logo após o anúncio da decisão do Fed, o Ibovespa renovava máxima da sessão, então aos 105.433,16 pontos, e a partir das 15h30, com o início da fala do presidente do BC americano, Jerome Powell, o índice da B3 foi a 105.703,62 pontos (+1,53%), tendo saído de mínima, na abertura do dia, a 104.111,75 pontos. "O Fed vai limitar danos e garantir uma recuperação forte para os EUA", disse Powell logo na abertura da entrevista coletiva, colocando os índices de Nova York nas máximas da sessão.

O giro financeiro totalizou R$ 27,9 bilhões e, na semana, o índice acumula avanço de 3,15%, cedendo 8,68% no ano, o menor percentual de perdas acumuladas desde o início do ciclo de recuperação. Com o fechamento desta quarta-feira, o Ibovespa se aproxima um pouco mais do nível de encerramento de 4 de março, então aos 107.224,22 pontos.

"Tirando a questão do swap, que é importante para o câmbio no Brasil, Powell não trouxe muitas novidades, mas falou aquilo que o mercado queria ouvir: a reafirmação do compromisso com o crescimento americano. Puxou lá fora e aqui veio junto, mais uma vez", diz Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da Nova Futura, que, com o Ibovespa já se aproximando dos 106 mil pontos, vê a possibilidade de o índice chegar à faixa de 115 a 120 mil pontos no fechamento do ano.

"Houve pontos positivos e outros nem tanto na fala de Powell, mas a franqueza com que trata as questões é algo que só reforça a credibilidade e a confiança do mercado", observa Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos. Entre os pontos menos favoráveis, Arbetman aponta a percepção de Powell de que a situação da economia se mantém "extraordinariamente incerta" e que recuperação total é improvável até que a população se sinta mais segura.

"Por outro lado, Powell observou também que as medidas já adotadas pelo Fed estão produzindo efeitos e ressaltou o compromisso com o uso de todos os instrumentos para assegurar uma recuperação forte para os EUA, estendendo, como exemplo, as compras de Treasuries e de títulos hipotecários, e indicando o prosseguimento dos leilões de swap até que não sejam mais necessários", acrescenta o analista da Ativa, casa que mantém a projeção de Ibovespa a 110 mil pontos no fim do ano, tendo em vista fatores de incerteza, como as eleições americanas e o grau de retomada da economia brasileira neste segundo semestre.

Nesta quarta-feira, os ganhos se mostraram bem distribuídos pelos setores, como commodities (Vale ON +4,33%), CSN (+5,69%, segunda maior alta do Ibovespa) e bancos (Santander +3,51%, após resultados do semestre). Na ponta do índice, destaque para Natura (+6,73%) e Cyrela (+4,83%). No lado oposto, Minerva caiu 4,41% e Cielo, 3,52%, com balanços divulgados depois do fechamento de ontem, e Gol cedeu 3,30%.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais