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BC vai liberar troco em dinheiro para pagamento digital nas lojas

BC vai liberar troco em dinheiro para pagamento digital nas lojas

Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que sistema de pagamentos instantâneos PIX, que vai permitir saques no comércio, terá o chamado "cashback"

Publicado em 8 de julho de 2020 às 15:58

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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, adiantou, nesta quarta-feira (8), detalhes de como o sistema de pagamentos instantâneos, chamado de PIX, que permitirá saques no comércio a partir de novembro deste ano.

Dinheiro
Dinheiro também poderá ser sacado no comércio. (Siumara Gonçalves)

Segundo ele, o sistema vai permitir o chamado "cashback" (termo em inglês que significa dinheiro de volta). Na prática, é exatamente isso que o sistema prevê: a possibilidade de o consumidor pagar digitalmente e receber troco em dinheiro.

"O que chamamos de cashback é uma medida muito importante: você faz uma compra por meio digital e recebe de volta dinheiro em espécie", disse Campos Neto na abertura do evento Conexão Pix, promovido pelo BC.

O presidente da autoridade monetária afirmou que a ideia é que todo estabelecimento comercial seja um lugar onde as pessoas possam sacar dinheiro.

Para ele, a medida também beneficiará o lojista, que poderá otimizar o estoque de dinheiro.

"Transportar e cuidar de dinheiro em espécie é uma atividade muito custosa para o varejista. Quando ele atinge alta quantidade de numerário, ele precisa, segundo regras municipais, ter um sistema de segurança, o que gera custo", pontuou.

Campos Neto disse que algumas cidades não têm caixa eletrônico (ATM) e, com o novo serviço, o consumidor poderá manter menos dinheiro na carteira.

Em 22 de junho, Campos Neto anunciou que o Pix permitirá que o consumidor saque dinheiro em estabelecimentos comerciais. "As regras e os primeiros detalhamentos desse produto serão apresentados na próxima reunião do Fórum PI, em agosto", disse na ocasião.

O diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução, João Manoel Pinho de Mello, afirmou que depois do lançamento, o BC pretende agregar novas funcionalidades ao Pix.

"As principais entram em vigor já neste ano, mas a agenda evolutiva é extensa", declarou.

Ele explicou que a ferramenta poderá, no futuro, ter pagamento por aproximação e débito automático, por exemplo.

Sobre a competição com o setor de cartões, para o diretor, os dois modelos poderão conviver no ecossistema criado pelo BC.

"Precisamos reconhecer que evoluímos bastante em termos de digitalização com a indústria de cartões, mas há espaço para aperfeiçoamento", justificou.

"Esses meios [de pagamentos] ainda carregam custo grande, não liquidam imediatamente e outros, como boletos, têm custo de emissão e liquidação, as transferências ainda têm custo e disponibilidade limitada, o Pix vem para trazer aperfeiçoamentos", argumentou.

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