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6 em cada 10 brasileiros já usaram o Pix pelo menos uma vez

6 em cada 10 brasileiros já usaram o Pix pelo menos uma vez

Levantamento divulgado pelo Banco Central mostra que 104,4 milhões de pessoas pagaram ou receberam com o sistema de pagamentos instantâneos, o equivalente a 62,5%

Publicado em 16 de novembro de 2021 às 16:17

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O recebimento de impostos por meio do PIX gera um custo menor ao município que as autenticações tradicionais
Com um ano de atividade, mais da metade da população adulta brasileira já usou o Pix ao menos uma vez. (Divulgação)

Com apenas um ano em funcionamento, mais da metade da população adulta brasileira já usou o Pix pelo menos uma vez. Levantamento divulgado nesta terça-feira (16) pelo Banco Central mostra que 104,4 milhões de pessoas pagaram ou receberam com o sistema de pagamentos instantâneos, o equivalente a 62,5%.

O Pix, que completa um ano hoje, já movimentou R$ 4 trilhões desde o lançamento e bateu o recorde de 50 milhões de transações em um único dia, em 5 de outubro.

De acordo com o BC, a adoção foi mais rápida entre jovens. Pessoas entre 20 e 29 anos representam 34% dos usuários do Pix. Aqueles que têm entre 30 e 39 anos equivalem a 31%. Entre 40 anos e 49 anos, o percentual é de 18% e cai para 8% na faixa de 50 a 59 anos.

Pessoas que têm acima de 60 anos representam apenas 4% dos usuários e abaixo de 19 anos, 5%.

A pesquisa mostra ainda que 45,6 milhões de pessoas que não faziam TED (Transferência Eletrônica Disponível) hoje fazem Pix. Desde o lançamento, 33,9 milhões de pessoas disseram usar exclusivamente o Pix para transferências e 11,7 milhões passaram a usar ambos (TED e Pix).

O novo meio de pagamento cresceu mais entre consumidores de baixa renda. De março a outubro deste ano, o número de usuários dessa faixa aumentou 131%.

Levando em conta todas as faixas de renda, a alta foi de 52%.

"Outro indício de inclusão financeira é o valor médio de transferências, 60% de Pix são abaixo de R$ 100. O que mostra que é usado para fazer pequenas transações, o que mostra seu caráter inclusivo", afirmou o diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução, João Manoel Pinho de Mello.

O levantamento mostrou ainda que 7,9 milhões de empresas já usaram o Pix para receber ou para pagar, o equivalente a 54,6% das empresas com relacionamento no sistema financeiro. "É um embarque muito forte também das empresas", disse Pinho de Mello.

O Pix representa ainda 15,6% das operações entre pessoas e empresas.

Ao todo, são 348,1 milhões de chaves cadastradas. Uma pessoa pode fazer até 5 e uma empresa, até 20. Na prática, o usuário não precisa registrar chave para usar o Pix.

O mecanismo serve para facilitar a identificação do recebedor. Dessa forma, quem realiza o pagamento ou transferência não precisa digitar todos os dados para enviar os recursos, como nome, CPF e conta.

O diretor ressaltou que o Pix deve ganhar novas funcionalidades nos próximos meses, como iniciação de pagamento com Pix, para comprar em loja online sem ter que acessar o aplicativo do banco, saque e troco no comércio, o débito automático, pagamento sem internet (offline) e compras internacionais.

O presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que a realidade superou as expectativas que a autarquia tinha para o Pix.

"Nossas expectativas eram altas e, hoje, a realidade superou as expectativas. O Pix caiu no gosto dos brasileiros e seu uso se intensifica mês a mês", comemorou.

Para Campos Neto, o sistema ainda deve passar por aprimoramentos para atingir todo o seu potencial.

"O Pix, apesar de já ter alcançado um uso expressivo pela população, certamente ainda não atingiu todo o seu potencial. O uso do QR Code, por exemplo, ainda depende de uma melhor assimilação da tecnologia por parte dos usuários", citou.

Segundo ele, o uso do pagamento com Pix no comércio pode ser melhor explorado a partir de inovações tecnológicas.

"Há um universo de possibilidades para novos negócios e para implementação mais eficiente com o uso da iniciação de transação, especialmente no comércio eletrônico", ressaltou.

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