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Projeto Político Militar: "Não compactuamos com fala de Assumção"

Coordenador do projeto que apoiou eleição de Assumção em 2018 afirma que discurso de deputado não reflete pensamento dos representantes do movimento político militar no ES

Publicado em 16/09/2019 às 11h24
Atualizado em 17/09/2019 às 15h39
Coronel Carlos Wagner Borges é diretor de Comunicação do Corpo de Bombeiros e coordenador do Projeto Político Militar no Espírito Santo . Crédito: Acervo pessoal
Coronel Carlos Wagner Borges é diretor de Comunicação do Corpo de Bombeiros e coordenador do Projeto Político Militar no Espírito Santo . Crédito: Acervo pessoal

Após a greve de fevereiro de 2017, alguns líderes de forças de segurança pública do Espírito Santo concluíram que precisavam se organizar melhor para eleger mais representantes nas esferas do poder público, principalmente no Poder Legislativo. Lançaram, então, o Projeto Político Militar (PPM). Com apoio do PPM, elegeram-se candidatos como Marcos do Val para o Senado, Da Vitória para a Câmara Federal, Coronel Quintino e Capitão Assumção para a Assembleia Legislativa.

Segundo o coordenador do PPM, coronel Carlos Wagner Borges, o movimento foi mais importante para a eleição de Assumção em 2018 do que o PSL. Mas afirma que o discurso do deputado, ao oferecer recompensa por um assassinato, não reflete o pensamento do projeto.

Coronel Wagner Borges - coordenador do Projeto Político Militar no ES

Entendemos que a pessoa que cometeu o bárbaro assassinato dessa jovem tem que ser capturado, tem que ser preso e tem que pagar pelo que cometeu diante da Justiça brasileira. Mas nós, enquanto projeto, não corroboramos em momento algum, com a fala que foi feita.

"Capitão Assumção expressou um posicionamento pessoal dele", afirma o coronel Wagner, que também é diretor de Comunicação do Corpo de Bombeiros do Espírito Santo.

"O Projeto Político Militar não acredita que segurança pública se resolva com tiro, porrada e bomba. Tiro, porrada e bomba é quando a coisa já aconteceu. Há um sequestro, uma situação em que temos que intervir para evitar um mal maior. Mas segurança pública se resolve com todos os ingredientes que fazem um Estado justo. Reafirmando: nós não compactuamos com aquela fala.”

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