Este é um espaço para falar de Política: notícias, opiniões, bastidores, principalmente do que ocorre no Espírito Santo. A colunista ingressou na Rede Gazeta em 2006, atuou na Rádio CBN Vitória/Gazeta Online e migrou para a editoria de Política de A Gazeta em 2012, em que trabalhou como repórter e editora-adjunta

Os partidos preferidos e os mais rejeitados

Veja como é avaliado "o partido de Bolsonaro", o PT e outros

Vitória
Publicado em 26/03/2022 às 02h10
Entrevista coletiva do ex-presidente Lula em São Bernardo do Campo, em 10/03/2021.
Ex-presidente Lula é o maior expoente do Partido dos Trabalhadores. Crédito: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

O maior adversário do PT é o PT. Pesquisa FSB/BTG divulgada esta semana mostra que o Partido dos Trabalhadores é o mais lembrado quando os brasileiros são questionados sobre a agremiação política de sua preferência, citado por 16%.

Mas o PT também é o mais rejeitado, com um percentual ainda mais alto, de 28%.

A sigla ficou no comando do governo federal por 13 anos num passado recente, logo, teve a imagem cristalizada na mente dos eleitores, para o bem ou para o mal. Os escândalos de corrupção do mensalão e a Operação Lava Jato não ajudaram.

Esses episódios são minimizados por petistas, principalmente após a anulação das condenações do ex-presidente Lula na Lava Jato.

Para a presidente do PT estadual, Jackeline Rocha, "o partido passou por um processo de criminalização".

"Mas no antipetismo estão embutidos também outros sentimentos", complementa a dirigente.

"Chamam de mimimi as lutas contra as injustiças, mas seguimos lutando. O antipetismo não é só contra o PT, mas contra o que o PT representa, a favor do que o PT combate", avalia a presidente do partido no Espírito Santo.

Eis um campo subjetivo. Interessante observar também a avaliação dos entrevistados em relação aos outros partidos. Depois do PT, os mais rejeitados são o PSOL, outra legenda de esquerda, e "o partido do Bolsonaro" – que algumas pessoas não sabiam o nome – com 7% cada um.

O partido do presidente da República é o PL, rejeitado por outros 4%, nomeadamente.

Quando a pergunta é sobre o partido de preferência, mais da metade, 76%, não apontou nenhuma legenda.

Nos últimos dias e, principalmente, na próxima semana, há uma correria entre pré-candidatos e caciques partidários para acomodar interesses na montagem de chapas para eleger deputados federais e estaduais.

A preferência da população e até a dos próprios pretensos candidatos por este ou aquele partido muitas vezes fica em segundo plano. A prioridade é dada à matemática, tendo como alvo onde é mais provável se eleger.

O fato de 76% dos brasileiros não terem um partido de preferência favorece o pragmatismo. É um sinal de que, como já se nota na prática, o número que aparece na urna, que indica o partido ao qual o candidato é filiado, pouco importa.

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