Karina Mazzini é dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia com mais de 30 anos de experiência. Neste espaço vai trazer para os capixabas as maiores novidades e tendências da área da saúde e beleza.

Procedimentos sem 'downtime' são a tendência do momento

As novas tecnologias dermatológicas estão buscando se adequar a rotina movimentada dos pacientes ao reduzir o tempo de recuperação pós-procedimento

Vitória
Publicado em 18/08/2023 às 16h38
Pele pós procedimento
Downtime é como chamamos o tempo de recuperação da pele pós procedimento. Crédito: Shutterstock

Imagine ficar uma, duas semanas sem sair na rua esperando passar o inchaço ou vermelhidão da pele por conta de um procedimento… Complicado, não é? Com a nossa rotina cada vez mais dinâmica, cheia de compromissos e tarefas, ter que ficar de molho em casa por conta de um tratamento de beleza é impossível! A gente vai adiando, adiando, dando preferência para o período de férias, mas aí nas férias dá aquela vontade de ir à praia, o que também complica, já que não dá pra pegar sol na pele pós-procedimento. Ou seja, não é nada fácil ficar bonito(a) com a rotina que temos.

Foi pensando nesse novo perfil de paciente, que os profissionais e empresas de dermatologia começaram a pensar em tecnologias que não exigissem um downtime muito grande. “Mas o que é downtime?”, você pode estar se perguntando. É como chamamos o tempo de recuperação da pele pós procedimento, traduzido do inglês como “tempo de espera” ou “tempo de inatividade”.

A tecnologia veio pra resolver esse problema, já que ninguém pode ficar muito tempo afastado de suas atividades. Os novos tratamentos costumam ser muito menos invasivos e, por isso, não deixam marcas e inchaços. Gosto de dizer que o paciente sai da sessão pronto para voltar ao trabalho ou ir a uma festa. Além dessa supervantagem, a maioria desses tratamentos também são mais eficazes que os outros, afinal, se é para evoluir vamos avançar em todos os pontos.

Nesse cenário das novas tecnologias com downtime reduzido surgiram aparelhos bem interessantes. O Ultrassom Microfocado de Alta Intensidade é um deles. Em algumas sessões a gente consegue eliminar papada, flacidez, gordura localizada, melhorar o contorno do rosto e deixar a pele mais firme sem deixar marca alguma, sem cortes, sem puxar a pele e sem dor. Tudo isso graças a uma técnica de emissão de ondas feita por meio da ponteira digital do Ultrassom. O procedimento não dói, não deixa vermelhidão nem inchaço e não tem downtime.

Quanto aos lasers, que antes a cada procedimento o paciente tinha que esperar semanas para que a pele voltasse ao normal, agora eles também já se adéquam a rotina movimentada dos usuários. O Laser de Thulium, por exemplo, é uma tecnologia fracionada que atinge as camadas mais profundas da pele. Esse laser melhora muito a qualidade da pele, deixando-a mais viçosa, uniforme, firme e tudo isso sem deixar nenhuma marca.

Já na primeira sessão o paciente sai do consultório com o que chamamos de “efeito glow”, pele linda e brilhante sem dor e sem “tempo de espera”. E tem mais: ele ainda é um superaliado para o tratamento de queda capilar. Além de ser o mais eficaz no momento, não é preciso usar bonés ou chapéus após o procedimento.

E se estamos falando de aparelhos revolucionários, não posso terminar esse assunto sem citar o Drug Delivery sem agulhas. O Drug Delivery tradicional já é muito eficiente, porque entrega o produto direto na pele, é ótimo para injetar medicamentos e bioestimuladores. No entanto, há pouco mais de um ano conheci o novo aparelho de Drug Delivery que realmente revolucionou o mercado. Com ele é possível injetar produtos por pressão, numa tecnologia de eletroporação, que entrega o produto dentro da pele sem dor alguma e sem marcas porque não fura a pele. É um dos aparelhos mais modernos e eficazes que conheço.

Precisamos nos adequar ao que há de novo porque essa é a necessidade dos pacientes.Pra mim, a satisfação de poder ajudá- los é o que há de mais valioso.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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