É Fisioterapeuta, acupunturista e especialista em avaliação e tratamento de dor crônica pela USP. Entende a saúde como um estado de equilíbrio para lidar com as adversidades da vida de forma mais harmônica

Um respiro reflexivo sobre imunidade

Um olhar sobre a medicina chinesa nos aproxima dos conhecimentos sobre o Wei Qi ou Qi de defesa. Esta energia é formada pelo ar inspirado e aquecido e pelos alimentos nutritivos que ingerimos

Publicado em 17/01/2022 às 09h43
De acordo com Adrieli Borsoe, é preciso se alimentar bem para manter uma boa imunidade
De acordo com Adrieli Borsoe, é preciso se alimentar bem para manter uma boa imunidade. Crédito: Pexels/Sharon

O ano iniciou e o número de pessoas com queixas respiratórias cresceu grandemente. E os sintomas se confundem entre síndrome gripal, resfriados simples, Covid19 e suas variantes. As pessoas estão tendendo a não testar por acharem estar com gripe e se automedicam com o antiviral da vez.

O que aparentemente não aprendemos é que a melhor maneira para enfrentar doenças é mantendo o corpo com uma boa estratégia resolutiva para o que vier. É preciso se proteger do contágio, mas se o mesmo acontecer, que o corpo consiga se defender.

Um olhar afetuoso sobre a medicina tradicional chinesa nos aproxima dos conhecimentos sobre o Wei Qi, ou Qi de defesa. Seria o equivalente ao nosso sistema imune e protege o corpo contra invasão de fatores patogênicos, além de aquecer nossa pele. Esta energia é formada pelo ar inspirado e aquecido e pelos alimentos nutritivos que ingerimos. Daí se entende a importância de saber respirar e controlar nossos batimentos cardíacos, mas também as boas escolhas alimentares.

Esta energia, quando formada circula pelo corpo e se mantêm em sua superfície, de modo a não deixar a doença penetrar. Sendo uma sabedoria milenar, a medicina chinesa não tinha conhecimento de vírus e bactérias, mas entendia que pode haver invasão do corpo por fatores patogênicos externos. Um corpo forte não permite a entrada de oportunistas, e quando esta barreira é transpassada, há uma boa resposta vivendo os ciclos naturais da doença e os sintomas são mais brandos.

O que os conhecimentos antigos ensinam sobre o processo de adoecimento é que não devemos interromper o ciclo de melhora, o corpo precisa trabalhar e às vezes os sintomas são incômodos. A febre é um aumento da temperatura corporal com função semelhante a que usamos ao ferver algo para esterilizar. A tosse, os espirros e a expectoração são importantes para expulsar o fator adoecedor.

Quanto mais fraco o Qi de defesa, mais a doença se aprofunda e mais fortes e sistêmicos são os sintomas. Desta forma, para cuidar da imunidade, queira se alimentar bem e respirar profundo, ainda que de máscara.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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