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Após quase dez anos, carteira de crédito do Bandes volta a crescer

Resultados de 2023 da instituição estadual foram divulgados nesta quarta-feira (24). O lucro líquido do ano passado foi o maior da história do banco

Publicado em 24/01/2024 às 18h38
O Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes)
O Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) . Crédito: Governo do ES | Divulgação

O Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), registrou, em 2023, o maior lucro líquido de seus 56 anos de história: R$ 76 milhões. Os dados foram apresentados nesta quarta-feira (24). Grande parte do bom número deve-se à profunda mudança por que passou a carteira de crédito da instituição nos últimos tempos. Os resultados estão aparecendo agora. De uma instituição voltada ao agronegócio (79% da carteira, em 2015), o Bandes voltou-se para a indústria (26% da carteira atual) e para os serviços (29%).

"O agronegócio é uma atividade irrigada do ponto de vista de crédito, muitas instituições fazem o serviço, não tinha sentido o Bandes estar ali. Do outro lado, as empresas de porte médio, do middle market (faturamento anual de até R$ 300 milhões), principalmente da indústria, estavam carentes. Foi feita a mudança, um trabalho grande, e hoje estamos colhendo os frutos. A carteira de crédito cresceu, em 2023, e voltará a avançar, em 2024. Tudo isso com uma inadimplência de 1,8%, abaixo da média do mercado", assinalou Ricardo Ferraço, vice-governador e secretário de Desenvolvimento do Estado.

A mudança não se deu sem dificuldades, este é o primeiro avanço de carteira registrado pelo Bandes desde 2015. Em 2017, as operações tocadas pelo banco de desenvolvimento totalizavam mais de R$ 1 bilhão. No ano passado, a carteira ficou em R$ 479,7 milhões, avanço de 2,3% em relação aos R$ 468,7 milhões de 2022. Para 2024, a meta é bater em R$ 670 milhões. "Foi uma mudança muito profunda de perfil, e não apenas de setores da economia, mas também no agente motivador. Em 2023, mais de 80% do nosso crédito foi para investimentos, no passado, boa parte ia para giro, o impacto disso na economia é enorme. Tem outro detalhe relevante, o tíquete médio subiu de pouco mais de R$ 350 mil para R$ 1 milhão", destacou Marcelo Saintive, presidente do Bandes. 

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