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TSE condena Nikolas Ferreira e filhos de Bolsonaro por fake news contra Lula

TSE condena Nikolas Ferreira e filhos de Bolsonaro por fake news contra Lula

Maioria decide que vídeo compartilhado no período eleitoral extrapola limites legais; valor da multa ainda não foi fixado

Publicado em 11 de maio de 2023 às 16:36

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SÃO PAULO - O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) condenou os deputados Nikolas Ferreira (PL), Carla Zambelli (PL), Eduardo Bolsonaro (PL) e o senador Flávio Bolsonaro (PL) por divulgação de vídeo com conteúdo falso sobre o presidente Lula (PT) nas eleições de 2022.

No vídeo, Nikolas acusa Lula de incentivar o uso de drogas por crianças e adolescentes e associa a frase "faz o L" à criminalidade e censura nas redes. Carla Zambelli e os filhos do ex-presidente Bolsonaro compartilharam o conteúdo.

Deputado federal Nikolas Ferreira na Câmara dos Deputados
Deputado federal Nikolas Ferreira na Câmara dos Deputados. (Pablo Valadares/Câmara)

A Coligação Brasil da Esperança, do presidente Lula, entrou com a representação no TSE questionando a propaganda eleitoral irregular na internet com práticas "ilícitas e imorais".

O advogado Thiago Rocha, que defendeu os parlamentares, argumentou que o vídeo não tem conteúdo falso. "Ao compartilhar o vídeo, os representados não trataram em momento algum de fato inverídico, mas se limitaram a compartilhar uma crítica, ainda que de forma ácida", afirmou.

Por maioria, os ministros Sérgio Banhos, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Benedito Gonçalves e Carlos Horbach decidiram que o vídeo extrapola os limites legais.

O relator do caso, Raul Araújo, votou para negar o recurso da Coligação Brasil da Esperança. Ele foi acompanhado pelo ministro Nunes Marques.

O valor da multa ainda não foi fixado. Os ministros também determinaram a remoção do conteúdo.

Em dezembro, a coligação de Lula acionou o TSE e conseguiu retirar o vídeo do ar, mas o ministro Raul Araújo encerrou a ação sem julgamento porque havia passado o período eleitoral. A Coligação Brasil da Esperança recorreu da decisão e o recurso foi analisado nesta quinta (11).

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