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Trabalhadores da aviação reclamam de medidas impostas por aéreas

Trabalhadores da aviação reclamam de medidas impostas por aéreas

Entre as principais medidas que devem ser adotadas contra as quedas dos voos, estão a licença não remunerada e a redução de jornada, salários e benefícios

Publicado em 20 de março de 2020 às 19:44

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Trabalhadores da aviação reclamam de medidas anti-coronavírus impostas por aéreas. (Siumara Gonçalves)

As ações emergenciais anunciadas nesta semana pelas companhias aéreas como forma de conter os impactos da crise do coronavírus são criticadas por representantes dos aeroviários e aeronautas.

Entre as principais medidas que devem ser adotadas contra as quedas dos voos, estão a licença não remunerada e a redução de jornada, salários e benefícios.

O governo já anunciou que vai permitir que empresas cortem em até 50% a jornada e salários de trabalhadores e que a iniciativa deverá ser encaminhada ao Congresso por MP (medida provisória).

"Azul e Gol não negociaram com os sindicatos, apenas disseram que fariam a redução, foi apenas uma decisão comunicada a nós pela empresas", diz Álvaro Quintão, advogado do SNA (Sindicato Nacional dos Aeroviários).

O advogado diz que a proposta enviada pela Latam, que prevê licença não remunerada, está sendo negociada.

Representantes dos aeronautas (aqui incluídos pilotos e comissários de bordo) afirmam que as propostas de redução salarial e licença sem vencimentos serão avaliadas pelas assembleias da categoria enquanto o governo não encaminha a MP ao Congresso.

"Vamos buscar uma parceria conjuntural com as empresas e governo para a preservação do nível de emprego", afirma Sérgio Dias, diretor do SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas).

Os aeronautas também pediram ao Ministério da Economia o direito ao saque integral do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para os tripulantes que aderirem aos programas de licença não paga.

Álvaro Quintão, dos aeroviários, diz que a categoria também deve esperar o resultado das negociações em assembleia.

A Latam afirma que uma das propostas apresentadas é, de fato, a implementação da licença não remunerada, mas não detalhou quais seriam as outras medidas.

"O Grupo Latam permanece em negociação com os sindicatos da classe e tem se esforçado para a manutenção dos empregos", afirma, em nota.

A Azul diz que, além de ter adotado plano que prevê a possibilidade de licenças sem vencimentos, está implementando medidas para reduzir o custo das operações.

Entre elas, a redução de salário de 50% dos membros do comitê executivo até a normalização da situação e adiamento do pagamento do PLR (participação nos lucros e resultados) de 2019.

Em comunicado enviado na última quinta-feira (19), a Gol anunciou que vai reduzir jornada, salários e benefícios dos funcionários internos e aeroviários em 35%.

A empresa também informou que os funcionários da área administrativa estão trabalhando em home office e que tripulantes, pilotos e comissários também terão redução de remuneração e de jornada.

Questionada pela reportagem sobre qual seria a porcentagem e o início de vigência da redução, a companhia ainda não havia respondido até a conclusão deste texto.

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