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STF inicia julgamento de ações contra Lei de Responsabilidade Fiscal

STF inicia julgamento de ações contra Lei de Responsabilidade Fiscal

Entre as alegações, o PCdoB e o PT afirmam que a norma não poderia ter estabelecido limite de gastos com o pagamento do funcionalismo dos estados

Publicado em 27 de fevereiro de 2019 às 20:48

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Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). (Nelson Jr./SCO/STF)

O Supremo Tribunal Federal (STF) começou há pouco o julgamento de oito ações que questionam a legalidade de artigos da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), aprovada em 2000, para estabelecer normas de gestão fiscal para as finanças públicas dos governos federal, estaduais e municipais, além de punições para o descumprimento das medidas. As ações tramitam na Corte desde a década passada.

O julgamento não vai terminar nesta quarta-feira (27) em função de várias sustentações orais dos advogados de partidos, da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Os principais questionamentos contra a LRF foram feitos ao Supremo pelo PCdoB e PT e associações de membros do ministérios Público Federal e de Contas. Entre as alegações, todos afirmam que a norma não poderia ter estabelecido limite de gastos com o pagamento do funcionalismo dos estados. Conforme o entendimento, os estados têm autonomia financeira garantida pela Constituição.

Outra questão que deve ser debatida durante o julgamento é a manutenção de uma decisão do STF que considerou inconstitucional o artigo 23 da mesma lei.

De acordo com o dispositivo, quando os gastos com pessoal forem superiores ao limite estabelecido pela lei, os estados, o Distrito Federal e o governo federal deveriam reduzir em 20% as despesas com cargos comissionados e funções de confiança, promover a redução da jornada de trabalho e dos salários ou demitir servidores não estáveis.

Em 2002, o STF considerou o texto inconstitucional porque a Constituição determinou que os salários dos trabalhadores são irredutíveis.

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Neste mês, diante da situação precária das contas públicas, secretários da Fazenda de alguns estados enviaram carta ao Supremo na qual defendem a revogação da decisão e a manutenção da possibilidade de redução da jornada e dos salários como forma de equilibrar as contas.

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