Publicado em 9 de agosto de 2023 às 07:06
O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques foi preso pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (9), em Florianópolis, na investigação sobre interferência no segundo turnos das eleições de 2022. A informação foi divulgada pela GloboNews.>
A prisão ocorreu no âmbito da Operação Constituição Cidadã, da Polícia Federal, visando a esclarecer o suposto uso da máquina pública para interferir no processo eleitoral relativo ao segundo turno das eleições presidenciais do ano passado. >
As investigações apontaram que integrantes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) teriam direcionado recursos humanos e materiais com o intuito de dificultar o trânsito de eleitores no dia 30 de outubro. >
Os crimes apurados teriam sido planejados desde o início de outubro do ano passado, sendo que, no dia do segundo turno, foi realizado patrulhamento ostensivo no Nordeste do país.>
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Policiais federais cumprem 10 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Rio Grande do Norte. A operação conta com o apoio da Corregedoria Geral da PRF, que determinou ainda a oitiva de 47 policiais rodoviários federais.>
Os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de prevaricação e violência política, previstos no Código Penal Brasileiro, e os crimes de impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio e ocultar, sonegar, açambarcar ou recusar no dia da eleição o fornecimento, normalmente a todos, de utilidades, alimentação e meios de transporte, ou conceder exclusividade dos mesmos a determinado partido ou candidato, do Código Eleitoral Brasileiro.>
O nome da Operação Constituição Cidadã é uma referência à Lei Maior do Brasil, promulgada em 1988, a qual, pela primeira vez na história do país, garantiu a todos os cidadãos o direito ao voto, maior representação da Democracia>
Silvinei Vasques teve a aposentadoria concedida voluntariamente pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), aos 47 anos, poucos dias após ser exonerado da chefia da corporação. Ele é réu por improbidade administrativa e alvo de investigação por suposta prevaricação. >
Ele ingressou na PRF em 1995 e deixou a corporação aos 27 anos de carreira de policial rodoviário federal. Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Silvinei é acusado de improbidade administrativa e uso indevido do cargo para beneficiar a candidatura do ex-chefe do Executivo nas eleições de outubro passado.>
Em nota, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirmou que acompanha a Operação Constituição Cidadã, que resultou na prisão do ex-diretor-geral Silvinei Vasques, ocorrida na manhã desta quarta-feira (9).>
"O Corregedor-Geral da PRF, Vinícius Behrmann, acompanha a operação, desde o início da manhã, na Sede da Polícia Federal, em Brasília. A PRF colabora com as autoridades que investigam as denúncias de interferência do ex-diretor-geral no segundo turno das eleições para a Presidência da República, em 30 de outubro de 2022, com o fornecimento de dados referentes ao trabalho da instituição, como o número de veículos fiscalizados e multas aplicadas nas rodovias federais", informou o órgão. >
"Paralelamente às investigações no STF, foram abertos três processos administrativos disciplinares, no âmbito da PRF, para apurar a conduta do ex-diretor-geral. Os procedimentos foram encaminhados à Controladoria-Geral da União (CGU), órgão com competência para apurar a conduta do ex-diretor-geral da PRF", finalizou >
*Com informações do g1 e da Agência Estado>
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