Publicado em 15 de outubro de 2020 às 18:16
O conselho nacional dos secretários estaduais de Saúde enviou uma carta ao Ministério da Saúde nesta quinta-feira (15) cobrando compromisso de inclusão da vacina que será produzida pelo Instituto Butantan no Programa Nacional de Imunizações.>
A preocupação dos secretários é a de que o governo federal não se envolva na definição das estratégias de produção e de distribuição da vacina desenvolvida em São Paulo a partir de parceria com a empresa Sinovac.>
A carta explica que o governo federal projeta a distribuição da vacina de Oxford (que no Brasil será produzida pela Fiocruz e também está em fase de testes) somente para abril, ao passo que o governo de São Paulo prevê a finalização da fase 3 de testes até o início do mês de novembro.>
Nesse cenário, o Conass (Conselho Nacional de Secretários de Estado da Saúde) pede que a pasta de Pazuello se comprometa a incluir em seu cronograma o imunizante desenvolvido pelo Butantan e "quaisquer outras vacinas produzidas e testadas por outras indústrias, que possuam>
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condições de eficácia, segurança e produção disponível para iniciar a vacinação da população>
brasileira no mês de janeiro de 2021, ou no menor espaço temporal possível".>
"O enfrentamento assertivo à pandemia Covid-19, que já evoluiu com mais de 150 mil óbitos no Brasil, exige a máxima pressa e celeridade na aquisição e disponibilização de vacinas à nação. Com efeito, o momento exige que o Ministério da Saúde comande a unidade nacional em torno da disponibilização célere, segura e oportuna das vacinas já disponíveis, em especial as produzidas pelas iniciativas subnacionais", conclui a carta.>
O ofício foi redigido após reunião com o ministro Pazuello que despertou crise com os secretários de Saúde.>
Para parte dos presentes na reunião desta quarta (14), o governo federal está ignorando o imunizante que tem participação do Instituto Butantan -ainda em fase de testes. João Doria (PSDB-SP) anunciou as primeiras doses para o mês de dezembro.>
O calendário do ministério conta apenas com a chamada vacina de Oxford, prevista para abril.>
?As vacinas não estão sendo tratadas de forma republicana pelo Ministério da Saúde?, disse Jean Gorinchteyn, secretário de Saúde de São Paulo.>
?Todos os presentes na reunião entenderam da mesma forma. A vacina de São Paulo está sendo ignorada?, completou.>
As duas vacinas estão em fase semelhante de testes do ponto de vista formal, ou seja, não estão aprovadas.>
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