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Saiba quem é Ricardo Barros, novo líder de Bolsonaro na Câmara

Saiba quem é Ricardo Barros, novo líder de Bolsonaro na Câmara

No ano passado, Barros foi denunciado pela Procuradoria da República no Distrito Federal em ação por improbidade administrativa relacionada ao período em que foi ministro

Publicado em 12 de agosto de 2020 às 19:30

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Deputado federal Ricardo Barros é líder do governo Bolsonaro na Câmara
Deputado federal Ricardo Barros é líder do governo Bolsonaro na Câmara. (Michel Jesus/ Câmara dos Deputados)

Integrante do Centrão, deputado federal por seis legislaturas e ex-ministro da Saúde de Michel Temer (MDB), o novo líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), assume com a expectativa do Palácio de Planalto de que ele seja a solução para resolver os problemas de Jair Bolsonaro (sem partido) na articulação política. Ele substituirá o deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO).

A indicação de Barros como novo líder do governo na Câmara foi patrocinada pelo líder do Progressistas, Arthur Lira (AL), e negociada para atender a nova base de apoio do presidente Bolsonaro ao Congresso.

O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, crítico de Vitor Hugo, foi um entusiasta da mudança e trabalhou para convencer Bolsonaro de que a substituição era necessária.

Ainda em maio, a experiência de Barros, eleito deputado federal pela primeira vez em 1995, foi apresentada a Bolsonaro como uma solução para mitigar os problemas de relacionamento com os parlamentares na Câmara. Apesar da entrega de cargos para partidos do Centrão, o governo segue tendo dificuldade de garantir votos para aprovar pautas.

Ricardo Barros é formado em engenharia civil e tem a política como herança familiar. Ele é filho do ex-prefeito de Maringá e deputado Silvio Magalhães Barros (1927-1979). O novo líder é casado com Cida Borghetti (PP), governadora do Paraná entre abril e dezembro de 2018. Eleita vice na chapa do ex-governador Beto Richa (PSDB), ela assumiu o comando do estado quando o titular renunciou para se candidatar ao Senado e foi derrotado.

No ano passado, Barros foi denunciado pela Procuradoria da República no Distrito Federal em ação por improbidade administrativa relacionada ao período em que foi ministro de Temer. O Ministério Público aponta irregularidades na compra de medicamentos destinados ao tratamento de doenças raras pela pasta. Em nota divulgada na época, Barros negou qualquer contratação irregular.

Também em 2019 o deputado do Progressistas foi relator da chamada Lei de Abuso de Autoridade, que prevê punições a agentes públicos em uma série de situações e foi considerada uma reação da classe política às operações recentes contra corrupção, como a Lava Jato.

No Twitter, Barros agradeceu ao presidente por ser confirmado como líder. "Agradeço ao presidente Jair Bolsonaro pela confiança do convite para assumir a liderança do governo na Câmara dos Deputados com a responsabilidade de continuar o bom trabalho do Líder Vitor Hugo, de quem certamente terei colaboração. Deus me ilumine nesta missão", escreveu.

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