Publicado em 28 de fevereiro de 2021 às 17:00
- Atualizado há 5 anos
A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou ao Ministério da Saúde o custeio de UTIs (unidades de tratamento intensivo) para pacientes do Covid -19 nos estados da Bahia, do Maranhão e de São Paulo. >
Os governadores dos três estados recorreram ao Supremo para a retomada do repasse, suspenso gradativamente em 2021 pelo governo federal.>
A decisão de Rosa, deste sábado (27), é de aplicação imediata. Ela tem caráter provisório e precisará ser confirmada pelo plenário da Corte. Não há previsão de data para essa providência.>
O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) fez alerta recente da diminuição de leitos custeados pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).>
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Em dezembro 2020, segundo o conselho, 12.003 unidades contavam com o financiamento do Ministério da Saúde para sua manutenção. Em janeiro/2021, esse número reduziu para 7.017 e em fevereiro fechará com apenas 3.187.>
A ministra determinou ainda que, dentro de cinco dias, as três administrações estaduais juntem aos autos dos processos os protocolos trocados com a pasta da Saúde sobre a renovação ou novas propostas de habilitação de leitos de UTI.>
Entre outros argumentos, os recursos enviados pelos governos locais afirmaram ser responsabilidade da União zelar pela saúde da população.>
O custo diário de uma UTI destinada aos doentes da Covid-19 é, em média, R$ 1,6 mil.>
No caso de São, por exemplo, segundo o governo estadual, o Ministério da Saúde pagava 3.822 leitos de UTI, mas passou a bancar o funcionamento de somente 564 leitos neste ano.>
"É uma grande vitória porque traz luz à gestão sanitária em um momento de severo aumento de internações", afirmou a Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo em comunicado sobre o assunto.>
Em boletim divulgado na sexta-feira (26), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) afirmou que o SUS enfrenta nos últimos dias o momento mais crítico em toda a pandemia, com ocupação de mais de 80% dos leitos de UTI em pelo menos 17 capitais do país.>
Em Brasília, onde a taxa chegou a 98%, passaram a valer neste domingo (28) as medidas restritivas para o enfrentamento à Covid-19. O decreto do governador Ibaneis Rocha (MDB) tem validade até o dia 15 de março>
Pressionado por setor econômicos, Ibaneis recuou neste sábado e autorizou uma série de atividades a abrirem as portas, incluindo todo o segmento da construção civil, cartórios, hotéis, papelarias, bancas de jornal e até mesmo escritórios de profissionais autônomos, como os de advocacia e contabilidade.>
Ainda assim, empresários e comerciantes protestaram na porta da casa do governador na manhã deste domingo, inclusive fechando uma via que dá acesso ao local.>
Os manifestantes levaram faixas com frases como "Ibaneis paga minhas contas" e "Não suportamos outro lockdown".>
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