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Rejeição a Bolsonaro bate 50% em SP, e aprovação cai 6 pontos no Rio

Rejeição a Bolsonaro bate 50% em SP, e aprovação cai 6 pontos no Rio

De acordo com a pesquisa realizada pelo Datafolha, a imagem do presidente Jair Bolsonaro piorou nos dois principais centros urbanos do país

Publicado em 12 de novembro de 2020 às 17:11

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Presidente da República, Jair Bolsonaro, em evento voltado ao turismo em Brasília
Presidente da República, Jair Bolsonaro, em evento voltado ao turismo em Brasília. (Isac Nóbrega)

A imagem do presidente Jair Bolsonaro piorou nos dois principais centros urbanos do país, São Paulo e Rio de Janeiro, aponta pesquisa do Datafolha.

Os levantamentos foram feitos nos dias 9 e 10, com margem de erro de três pontos para mais ou menos. Eles também ocorreram em Belo Horizonte e Recife, que registraram estabilidade na avaliação do presidente ante a rodada anterior, nos dias 3 e 4 passados.

Em São Paulo, a rejeição a Bolsonaro é de 50%, oscilação positiva sobre os 48% da pesquisa anterior. Já a aprovação oscilou para baixo, de 25% para 23%, com a avaliação regular estável (26% ante 27%).

Bolsonaro é mais bem avaliado (30%) entre os mais velhos, e tem maior rejeição (66%) entre os mais jovens.

Na cidade, seu candidato, o deputado Celso Russomanno (Republicanos), derreteu ao longo da campanha eleitoral. Ele a começou no fim de setembro na frente, com 29%, e marca agora 14%, um terceiro lugar numérico em situação estatística de empate com Guilherme Boulos (PSOL, 16%) e Márcio França (PSB, 12%).

Entre os eleitores de Russomanno, a aprovação de Bolsonaro mais que dobra, chegando a 50%, enquanto 27% o acham ruim ou péssimo. Assim, é possível dizer que a aposta do deputado fidelizou eleitores de nicho, mas o afastou do eleitorado mais amplo.

O líder da pesquisa, o prefeito Bruno Covas (PSDB, com 32% de intenções), vê 21% dos seus apoiadores aprovando Bolsonaro, enquanto 44% o rejeitam. Previsivelmente para eleitores de esquerda, só 1% dos que votam em Boulos acham o presidente ótimo ou bom, enquanto 88% o veem como ruim ou péssimo.

Já França, que acenou ao presidente no começo da campanha mas agora busca distância comedida, tem 44% de seus eleitores rejeitando Bolsonaro. O aprovam 29%.

No Rio de Janeiro, a piora da imagem do presidente se deu no lado da aprovação, que caiu seis pontos desde a semana passada, passando de 34% para 28%. A rejeição seguiu estável (41% para 42%), enquanto o contingente dos que o acham regular subiu de 25% para 29%.

Lá, o candidato do Planalto é o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos), que está num distante segundo lugar na pesquisa com 14%. Entre seus eleitores, 66% apoiam Bolsonaro e 9%, o rejeitam.

Crivella está empatado tecnicamente com Martha Rocha (PDT, 11%), de quem 49% dos apoiadores dizem achar o presidente ruim ou péssimo, enquanto 23% o avaliam ótimo ou bom.

No terceiro lugar numérico está Benedita da Silva (PT, 8%), empatada tecnicamente com a pedetista e, no improvável limite da margem da erro, com o prefeito. De forma previsível, seu eleitor rejeita ainda mais o presidente: 70% de ruim/péssimo, ante 6% de aprovação.

No conjunto da população, Bolsonaro é mais bem avaliado por quem tem mais de 60 anos (34% de aprovação) e pior pelos mais ricos (61% de rejeição) e jovens (60%).

Na capital mineira, Belo Horizonte, o quadro é de estabilidade. Bolsonaro, que tinha sofrido uma queda de cinco pontos na pesquisa anterior sobre o resultado do começo de outubro, segue agora com a mesma aprovação (35%) e rejeição (38%) da semana passada.

Ali, ele recebe mais apoio de quem tem entre 45 e 59 anos (42%) e sofre maior rejeição de quem é mais rico (52%).

A corrida eleitoral é dominada pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD, 63% de intenções). Entre seus eleitores, o presidente é bem visto por 32% e mal, por 38%. Os segundos colocados têm uma posição antagônica de seus apoiadores, óbvia dadas as suas siglas.

João Vitor Xavier (Cidadania, 8%) tem 51% de ótimo e bom para o presidente no seu eleitorado. Já quem diz que vai votar em Áurea Carolina (PSOL, 6%) rejeita amplamente (82%) Bolsonaro, com apenas 6% de apoiadores que o aprovam.

No Recife, outra situação análoga à da semana passada. A rejeição (45% ante 44% na rodada anterior) segue maior que a aprovação (27% ante 28%), com 27% (28% antes) achando o presidente regular.

Na cidade há disparidades claras entre o apoio a Bolsonaro e os líderes da pesquisa.

Na frente, João Campos (PSB, 29%) tem 22% de eleitores considerando o presidente ótimo ou bom e 45%, ruim ou péssimo.

Marília Arraes (PT, 22%) vê o previsível 81% de rejeição ao ocupante do Planalto entre seus eleitores, enquanto 5% o aprovam. Já Mendonça Filho (DEM), empatado tecnicamente com ela marcando 18%, tem eleitores mais bolsonaristas: 41% acham o presidente ótimo ou bom, ante 25% que o avaliam ruim ou péssimo.

Empatada tecnicamente com Mendonça, Delegada Patrícia (Podemos, 15%), tem uma base de apoio ainda mais pró-Bolsonaro: 51% de aprovação, 28% de rejeição. No conjunto da população, a imagem presidencial é melhor (32% de ótimo/bom) entre pessoas de 34 a 45 anos e pior (53% de ruim/péssimo) entre quem tem de 25 a 34 anos e os que cursaram ensino superior.

As pesquisas foram encomendadas pela TV Globo e pela Folha de S.Paulo. Em São Paulo, seu registro no Tribunal Regional Eleitoral é o SP-05584/2020 e foram ouvidas 1.512 eleitores. No Rio, o número é RJ-02768/2020 e o universo é de 1.148 pessoas.

Em Belo Horizonte, 1.036 pessoas foram ouvidas na pesquisa MG-03799/2020, mesmo universo entrevistado no Recife, cujo levantamento é o PE-03799/2020.

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