Publicado em 7 de julho de 2021 às 15:05
Com uma das maiores fatias do fundo eleitoral e rompido com o presidente Jair Bolsonaro, o PSL acertou a filiação do apresentador da TV Band José Luiz Datena e estuda lançá-lo na disputa pelo Palácio do Planalto nas eleições 2022, como outra opção entre os nomes da chamada "terceira via", ou ao Senado. A filiação será formalizada nesta semana. >
Ainda rachado e abrigando nomes fiéis ao presidente, como os deputados Eduardo Bolsonaro e Carla Zambelli, o diretório estadual do PSL em São Paulo dá continuidade às mudanças que miram as próximas eleições. Uma das estratégias é trazer nomes "grandes" para a sigla.>
"A vinda do Datena acontece em um momento em que o país precisa de esperança. O Brasil não pode ficar refém de dois nomes. O PSL acredita num novo caminho para o nosso país e está unindo todas as forças na construção dessa terceira via", diz o presidente estadual do PSL em São Paulo, o deputado federal Júnior Bozzella.>
Recentemente, o partido se abriu ao Movimento Brasil Livre (MBL) com a filiação do vereador paulistano Rubinho Nunes. Ele é advogado do grupo de onde ascenderam nomes que hoje estão no Legislativo, como o deputado estadual Arthur do Val (Patriota/SP), o deputado federal Kim Kataguiri (DEM/SP) e o vereador de São Paulo Fernando Holiday (Novo). >
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Arthur do Val já é aguardado no PSL. A filiação dele está sendo negociada por Rubinho. Arthur é visto como um possível candidato ao governo de São Paulo pela sigla. Em 2020, ele foi o quinto colocado na disputa pela Prefeitura da capital. A Coluna do Estadão informou que o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), também interessa ao PSL como possível candidato a governador. >
Por terem as maiores bancadas, PSL e PT terão as maiores quantidades do fundo eleitoral calculado para o ano que vem. Em 2020, o PT levou R$ 201 milhões enquanto o partido que foi de "nanico" a potência em 2018 por causa de Bolsonaro recebeu R$ 199 milhões. >
O PSL é o sexto partido a abrigar José Luiz Datena. Ele já passou pelo PT, onde ficou por 13 anos, PP, PRP, DEM e mais recentemente MDB. Chegou a ser pré-candidato a prefeito e vice-prefeito de São Paulo por seus três últimos partidos. Em 2018, declinou de concorrer ao Senado. >
Em 2020, ele foi cotado para ser vice na chapa de Bruno Covas (PSDB), mas anunciou em agosto em seu programa na televisão que não seria candidato. Ele disse que o MDB chegou a oferecer a cabeça de chapa para a disputa à Prefeitura, mas que ele gostaria de ter ajudado Covas. Naquele dia, ele afirmou que pretendia ser candidato nas eleições de 2022. "Na próxima eleição, eu vou deixar a televisão e vou me candidatar", declarou. "Eu vou estar frente a frente com esses caras. Só no campo deles você pode fazer alguma coisa.">
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