Publicado em 10 de agosto de 2021 às 14:26
O secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, disse hoje (10) que o Rio de Janeiro pode suspender a aplicação da primeira dose das vacinas contra Covid-19 a partir desta quarta-feira (11) se uma nova remessa de doses não chegar à cidade. >
"A gente tem estoque de primeira dose para até o final do dia de hoje, para pessoas de 25 anos. E a gente precisa de uma remessa com mais doses para poder continuar o calendário de primeira dose da semana. Para a segunda dose, o calendário está garantido", disse Soranz, que afirmou ter a expectativa de que o Ministério da Saúde distribua 11 milhões de doses aos estados ainda hoje.>
Procurada pela Agência Brasil, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) respondeu que depende da chegada das doses do ministério para fazer novos repasses aos municípios. Segundo a assessoria de imprensa da SES, essa distribuição pode ser feita rapidamente, assim que as doses chegarem.>
Já o Ministério da Saúde afirmou que vai distribuir mais doses ao Rio de Janeiro nos próximos dias. Segundo a pasta, foi definida no último sábado (7) a liberação de mais 4,5 milhões de doses aos estados e Distrito Federal, sendo que 416 mil doses serão destinadas ao estado do Rio.>
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"O Ministério da Saúde informa que haverá uma compensação gradual dos quantitativos de vacinas enviados de modo complementar, de maneira que todos os estados deverão finalizar o processo de imunização sem que haja benefícios ou prejuízos a suas respectivas populações", disse o ministério, que lembrou que 994,4 mil doses foram entregues ao estado na semana passada.>
No fim de julho, o município chegou a suspender a aplicação da primeira dose, também por falta de vacina. A suspensão durou cinco dias.>
O secretário de Saúde da capital fluminense avaliou que a pandemia está em um momento preocupante na cidade, com o inverno e a disseminação da variante Delta impulsionando o número de casos.>
A média móvel de novos casos de covid-19 na cidade do Rio de Janeiro saltou de 1.115 novos diagnósticos por dia, em 25 de julho, para 1.592, em 8 de agosto, segundo o painel de dados Monitora Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Já a média móvel de novos óbitos está em queda desde o início de agosto e chegou anteontem (8) a 46 vítimas por dia na média dos últimos sete dias.>
Em reunião realizada na manhã de ontem, o Comitê Especial de Enfrentamento à Covid-19 da Prefeitura do Rio de Janeiro, composto por pesquisadores, recomendou que a reabertura anunciada para setembro pelo prefeito, Eduardo Paes, tenha como requisito um percentual maior de vacinados.>
Paes havia anunciado que poderia iniciar a reabertura no início de setembro com 45% da população imunizada com duas doses ou dose única, mas os pesquisadores propuseram aumentar o percentual para 50%.>
O grupo recomendou que a primeira etapa da reabertura permita apenas eventos em locais abertos com até 500 pessoas e limitação de 50% de público nos estádios, com exigência de que os torcedores estejam com a vacinação completa.>
O comitê sugeriu adiar da primeira para a segunda etapa da reabertura o funcionamento de boates, casas de show e danceterias, também com 50% de público e exigência de vacinação completa. Na segunda etapa da reabertura, 65% da população carioca precisa ter concluído a imunização.>
Para os pesquisadores, a reabertura deve ter como premissas um cenário epidemiológico favorável, o aporte adequado de vacinas pelo Programa Nacional de Imunizações, alta performance de vacinação da população do município do Rio e alta cobertura vacinal completa acima de 60 anos e comorbidades.>
Soranz classificou as recomendações como ajustes ao plano anunciado anteriormente e disse que a secretaria está com suas energias concentradas em aplicar o máximo de doses que for possível em quem buscar os postos de vacinação. Por isso, a busca ativa de pessoas que precisam completar o esquema vacinal e não compareceram na data marcada para a segunda dose foi suspensa e deve ser retomada a partir do dia 20.>
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