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PGE pede multa a Bolsonaro por atacar urnas em reunião com embaixadores

PGE pede multa a Bolsonaro por atacar urnas em reunião com embaixadores

Em ação enviada ao TSE, Procuradoria Eleitoral diz que vê propaganda antecipada no encontro realizado no mês passado

Publicado em 10 de agosto de 2022 às 21:08

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BRASÍLIA - A Procuradoria Geral Eleitoral (PGE) entrou nesta quarta-feira (10) com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) por propaganda antecipada e negativa na reunião com embaixadores estrangeiros. O evento, que aconteceu no mês passado, foi marcado por ataques infundados de Bolsonaro ao sistema eletrônico de votação.

O vice-procurador-geral Eleitoral, Paulo Gustavo Gonet Branco, pede que vídeos do discurso de Bolsonaro sejam excluídos das redes sociais e que o presidente seja multado pelo discurso em que voltou a colocar sob suspeita a segurança das urnas.

Presidente Jair Bolsonaro com embaixadores
Bolsonaro fez ataques ao sistema eleitoral brasileiro em reunião com embaixadores. (Clauber Cleber Caetano / PR)

A reunião com os diplomatas foi organizada no Palácio da Alvorada e transmitida ao vivo pela TV Brasil e pelas redes sociais do presidente. O YouTube já removeu a gravação por violar a política de integridade eleitoral da plataforma. Na ocasião, Bolsonaro fez uma apresentação com informações já desmentidas pela Justiça Eleitoral.

A manifestação da PGE diz que o presidente espalhou notícias falsas sobre o sistema eleitoral e agiu com "inaceitável hostilidade à verdade". "As passagens transcritas no início desta petição integram um conjunto de assertivas que compõe o propósito de digital que será empregado nas eleições vindouras e que tem sido adotado desde 1996", escreveu Gonet Branco.

É a primeira manifestação da PGE sobre as investidas de Bolsonaro para tentar minar a confiança nas urnas. Entre os colegas, o vice-procurador-geral Eleitoral é visto como um nome "comprometido com a democracia".

Ao acionar o TSE, Gonet Branco também disse que a liberdade de expressão não pode ser usada para "legitimar investidas contra fatos estabelecidos". "O ônus argumentativo sobe de ponto exponencialmente, não se admitindo discursos ligeiros, quando o que se afirma é capaz, por si, de lançar descrédito sobre instituição nuclear para a existência democrática, como é o sistema eleitoral", acrescentou.

O pedido foi distribuído ao gabinete da juíza Maria Claudia Bucchianeri, responsável por julgar processos que envolvem possível propaganda antecipada.

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