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Para Maia e Alcolumbre, Bolsonaro faz pouco caso de pandemia e é inconsequente

Para Maia e Alcolumbre, Bolsonaro faz pouco caso de pandemia e é inconsequente

Para Maia, Bolsonaro fez pouco caso da pandemia de coronavírus, desrespeitando orientações do Ministério da Saúde de seu próprio governo e cometeu um atentado à saúde pública.

Publicado em 16 de março de 2020 às 06:29

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Rodrigo Maia (DEM/RJ) criticou o presidente da República. (Charles Sholl/Brazil Photo Press/Folhapress)

Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), condenaram a participação do presidente da República, Jair Bolsonaro, na manifestação a favor de seu governo e contra os demais Poderes, neste domingo (15), em Brasília.

Para Maia, Bolsonaro fez pouco caso da pandemia de coronavírus, desrespeitando orientações do Ministério da Saúde de seu próprio governo e cometeu um atentado à saúde pública. Alcolumbre chamou de inconsequente o ato de estimular a aglomeração de pessoas nas ruas.

Ignorando orientações dadas por ele mesmo na semana passada, o presidente da República incentivou os atos desde cedo em suas redes sociais ?foram 31 postagens sobre o tema até as 17h. Sem máscara, participou das manifestações em Brasília, tocando simpatizantes e manuseando o celular de alguns apoiadores para fazer selfies.

Bolsonaro também contrariou orientação da equipe médica da presidência. Ele havia sido aconselhado evitar locais com aglomeração.

"O mundo está passando por uma crise sem precedentes. O Banco Central americano e o da Nova Zelândia acabam de baixar os juros; na Alemanha e na Espanha, os governos decretam o fechamento das fronteiras. Há um esforço global para conter o vírus e a crise. Por aqui, o presidente da República ignora e desautoriza o seu ministro da Saúde e os técnicos do ministério, fazendo pouco caso da pandemia e encorajando as pessoas a sair às ruas", afirmou Maia em nota divulgada na noite deste domingo.

"ATENTADO À SAÚDE PÚBLICA"

"Isso é um atentado à saúde pública que contraria as orientações do seu próprio governo", continuou o presidente da Câmara.

Rodrigo Maia, que em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo já havia cobrado medidas de impacto imediato ao ministro Paulo Guedes (Economia), voltou a criticar a reação do governo para conter o derretimento da economia.

"A economia mundial desacelera rapidamente; a economia brasileira sofrerá as consequências diretas. O presidente da República deveria estar no Palácio coordenando um gabinete de crise para dar respostas e soluções para o país. Mas, pelo visto, ele está mais preocupado em assistir as manifestações que atentam contra as instituições e a saúde da população. A situação é preocupante e exige de todos nós serenidade, racionalidade, união de esforços e respeito. Somos maduros o suficiente para agir com o bom senso que o momento pede", disse Rodrigo Maia.

Em nota, Davi Alcolumbre cobrou maturidade. "É hora de amadurecermos como Nação. Com a pandemia do coronavírus fechando as fronteiras dos países e assustando o mundo, é inconsequente estimular a aglomeração de pessoas nas ruas", afirmou o presidente do Senado.

"A gravidade da pandemia exige de todos os brasileiros, e inclusive do presidente da República, responsabilidade! Todos nós devemos seguir à risca as orientações do Ministério da Saúde", continuou. Para o senador, "convidar para ato contra os Poderes é confrontar a democracia".

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