Publicado em 23 de abril de 2022 às 15:47
Após agentes e delegados da Polícia Federal aprovarem uma série de mobilizações em torno da pauta de reestruturação de carreiras da corporação, o ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres voltou a afirmar, agora publicamente, que ‘nenhuma decisão está tomada’ com relação ao reajuste de 5% para o funcionalismo público - o qual gerou inconformismo dentro da PF.>
No Twitter, o ministro comentou sobre ‘especulações’ acerca do reajuste do funcionalismo público, em especial, das forças federais de segurança, e afirmou: "O martelo não foi batido!".>
"Muitas especulações sobre o reajuste do funcionalismo público e, particularmente, das forças federais de segurança. Sobre este tema, existe apenas uma certeza no momento: NENHUMA decisão está tomada. O martelo não foi batido! #VamosEmFrente", disse Anderson Torres.>
Torres já havia dito que o reajuste de 5% acordado entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, ainda não estava fechado, durante reunião com representantes das polícias da União na segunda-feira, 18. O encontro foi promovido com o intuito de contornar a insatisfação da classe.>
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A nova mensagem foi publicada no Twitter após diferentes entidades da classe marcarem para o próximo dia 28, manifestações em todo País. Os delegados falam em carreatas e atos em frente às unidades dos órgãos.>
Nesta quinta-feira, 21, a Associação Nacional dos Delegados de Polícia a aprovação de uma série de medidas em reação ao que chamam de ‘clara omissão’ do governo Jair Bolsonaro com relação à reestruturação de carreiras da corporação.>
Entre ações previstas pela classe estão a recomendação para que delegados não realizem viagens em missão sem o pagamento prévio de diárias e o envio de um ofício ao Diretor-Geral Márcio Nunes de Oliveira para que, em 30 dias, ele estabeleça critérios para compensação ou remuneração do sobreaviso da classe.>
Além disso, os delegados aprovaram um indicativo de paralisação das atividades juntamente com as associações que representam a categoria, o qual será ratificado em uma assembleia geral extraordinária prevista para o dia 2 de maio.>
Os delegados citam ainda uma ‘cobrança pública e direta’ de Torres, a partir de tal data, caso não seja assinada a Medida Provisória da reestruturação da PF até lá.>
"Caso o presidente da República, Jair Bolsonaro, descumpra o compromisso público assumido por ele diversas vezes, os policiais da União não se manterão inertes diante do uso da valorização da segurança pública e da excelente imagem da Polícia Federal como ferramenta publicitária e de marketing político", afirmou a ADPF em nota.>
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