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Moradores de Paraisópolis cobram de secretários organização de bailes

Moradores de Paraisópolis cobram de secretários organização de bailes

No entanto, ainda não foram anunciadas respostas concretas pelas gestões dos tucanos Bruno Covas e João Doria, além de planos que já estavam em andamento

Publicado em 9 de dezembro de 2019 às 20:30

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Favela em São Paulo foi palco de tragédia . (Wikimedia/Divulgação)

Moradores de Paraisópolis (zona sul de SP) se reuniram neste segunda-feira (9) com uma comitiva de cerca de 20 secretários estaduais e municipais para cobrar demandas como uma subprefeitura Paraisópolis/Morumbi e infraestrutura para o baile funk na comunidade.

No entanto, ainda não foram anunciadas respostas concretas pelas gestões dos tucanos Bruno Covas e João Doria, além de planos que já estavam em andamento. A prefeitura disse que vai estudar criação da subprefeitura.

As equipes compareceram ao local após a favela virar centro de uma crise causada pela morte de nove jovens durante ação policial em um baile funk.

Segundo o presidente da União de Moradores e do Comércio de Paraisópolis, uma vez que o baile funk existe, é necessário a criação de infraestrutura.

"Queremos um baile organizado, com horário para começar e terminar, mas também infraestrutura [como banheiros]", disse.

Ele afirmou que diversos planos já foram interrompidos e, desta vez, é necessário haver medidas concretas. A lista entregue pelos moradores tem dezenas de itens, incluindo retomada das obras da estação da linha 17-ouro do metrô.

De acordo com a secretária estadual de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen, foi criada uma comissão que em dez dias vai dar respostas aos moradores. Os eixos definidos são educação, cultura, desenvolvimento social, saúde e emprego.

O secretário estadual de Cultura, Sergio Sá Leitão, afirmou que os pedidos são viáveis e serão analisados. Na área cultural, há pedidos de expansão de programas como projeto Guri, apoio aos projetos já existentes na favela e ajuda na regulamentação dos bailes funk.

O titular da Cultura municipal, Alê Youssef, afirmou que a prefeitura tomará medidas como a inclusão do CEU Paraisópolis no calendário cultural da cidade, com shows de artistas locais e os de maior projeção.

Citou também um festival de funk, cuja criação já estava em andamento, e que começará pela Cidade Tiradentes (zona leste de SP).

Youssef afirmou que o funk deve ser tratado como cultura e que não pode ser criminalizado. "Em outros momentos históricos outros ritmos já foram criminalizados", disse, citando o hip-hop e o punk.

No início da noite desta segunda, o governador João Doria deve se encontrar com familiares de vítimas do caso de Paraisópolis e líderes comunitários.

Gilson Rodrigues, que estará presente, cobra medidas que afetem os bairros das nove vítimas –vindas de várias regiões da Grande SP– e também a favela de Heliópolis.

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