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Lula diz que Bolsonaro e Moro são fascistas em entrevista a jornal argentino

Lula diz que Bolsonaro e Moro são fascistas em entrevista a jornal argentino

Segundo o petista, os dois vão "lutar entre si para ver quem vai para o segundo round com o PT", em um possível segundo turno das eleições do ano que vem para a Presidência da República

Publicado em 10 de dezembro de 2021 às 16:35

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 10/03/2021  - O Ex-presidente poderá se tornar elegível para as próximas eleições após decisão de juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) de anular suas condenações pela Lava Jato.
O Ex-Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concede coletiva de imprensa no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, região metropolitana de São Paulo. (ETTORE CHIEREGUINI/AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO)

ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou "os dois que estão competindo" na corrida presidencial para 2022 com ele, o ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro (Podemos) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), em entrevista para o jornal argentino Página 12. Apesar de Lula e Bolsonaro não terem confirmado pré-candidatura, o tom do petista foi de rivalidade.

"São dois personagens muito comprometidos com a extrema-direita. E, no caso de Moro, ele é um personagem perigoso: quando era juiz, ele ousou mentir em um julgamento para me condenar e me levar à prisão para impedir que eu fosse eleito presidente em 2018", afirmou Lula.

"Diria que eles são dois extremistas. Bolsonaro é um fascista, e Moro é um neofascista. Ambos vão tentar mentir para a sociedade o tempo todo", completou. A reportagem entrou em contato com as assessorias do presidente e do ex-juiz e aguarda resposta.

Segundo o petista, os dois vão "lutar entre si para ver quem vai para o segundo round com o PT", em um possível segundo turno das eleições do ano que vem para a Presidência da República.

"Não sei se é percebido na Argentina, mas aqui sou a pessoa mais censurada do planeta Terra. Qualquer candidato além do PT, que tem 1% nas pesquisas, aparece mais na televisão do que Lula, que tem 46% ou 47% dos votos", disse o ex-presidente.

Com a rejeição de Bolsonaro subindo no Brasil, Lula descartou a possibilidade de não ser reconhecido como presidente caso vença as eleições de 2022.

"O que vai acontecer no Brasil é um golpe democrático: uma grande maioria do povo brasileiro rejeitará Bolsonaro e elegerá um candidato progressista. Espero que seja eu. O povo brasileiro se lembra de nosso legado. Estou convencido de que vamos vencer", afirmou.

Viúvo desde 2017, Lula ressaltou ter planos de se casar com a noiva Janja, apelido da socióloga Rosângela da Silva, no ano que vem. "Não é porque ela queira. Preciso me casar, tenho um compromisso com ela e espero que seja antes das eleições", falou.

A entrevista do Página 12 foi feita em São Paulo, no Instituto Lula, mas replicada nas redes sociais do jornal nesta sexta-feira (10), enquanto Lula está na Argentina para receber o Prêmio Azucena Villaflor, cedido para defensores de direitos humanos.

O jornal argentino tratou o petista como pré-candidato ao governo brasileiro e destacou que ele é "o candidato presidencial favorito para as eleições de outubro", segundo pesquisas de intenção de votos.

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