Publicado em 9 de agosto de 2024 às 15:26
FLORIANÓPOLIS, SC, E BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) - O presidente Lula (PT) criticou nesta sexta-feira (9) a ausência do governador Jorginho Mello (PL), aliado de Jair Bolsonaro (PL), no evento que inaugurou o contorno viário da grande Florianópolis.>
A obra, que era para ser entregue em 2012, é considerada pelo governo como o maior projeto de infraestrutura rodoviária do país nos últimos anos.>
"Esse governador perdeu a oportunidade de participar da inauguração da obra mais importante do estado. Se viesse, seria tratado com respeito. Lamentavelmente, tem gente que pensa pequeno, que age pequeno e não enxerga a necessidade do povo brasileiro", disse Lula.>
Jorginho Mello está no Espírito Santo, em reunião do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Consud), e foi representado na agenda presidencial pela vice, Marilisa Boehm (PL). Ela foi vaiada pela militância local quando foi apresentada no evento.>
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Na manhã desta sexta, em vídeo publicado em suas redes sociais, o governador criticou a viagem da comitiva presidencial para celebrar a finalização de uma obra privada e que atrasou 12 anos.>
"Isso não precisa de inauguração. Gostaria que o governo federal viesse inaugurar obras federais. Inaugurar uma obra privada que ele não colocou um centavo, para mim não faz sentido", disse Mello.>
Com um custo de R$ 3,9 bilhões, as obras do contorno viário da grande Florianópolis começaram em 2012 com o objetivo de desafogar o trânsito na região metropolitana da capital catarinense.>
Com 50 km de extensão, a obra inclui pistas duplas, quatro túneis duplos e seis acessos por trevos. O maior entrave para a sua finalização foram as desapropriações necessárias para a construção do trajeto, que chegaram a 1.100, segundo a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc).>
No evento de inauguração do contorno, Lula também criticou Bolsonaro, ainda que sem citá-lo diretamente. "[As obras evoluíram porque] gosto de trabalhar e não gosto de jet ski, gosto de trabalhar e não gosto de motociata", disse o presidente, ao citar práticas adotadas pelo seu antecessor durante o mandato.>
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