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Lava Jato apura repasses suspeitos a grupo que tem filho de Lula como sócio

Lava Jato apura repasses suspeitos a grupo que tem filho de Lula como sócio

Os pagamentos, que somam R$ 132 milhões entre 2004 e 2016, teriam sido usados na compra do sítio em Atibaia (SP)

Publicado em 10 de dezembro de 2019 às 11:23

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Sede da Polícia Federal, em Vila Velha. (Fernando Madeira )

Nova fase da operação Lava Jato, deflagrada na manhã desta terça-feira (10), tem como um dos alvos o filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Fábio Luis. A suspeita é de que empresas do grupo Gamecorp/Gol, controladas por ele e outros investigados, receberam repasses suspeitos do grupo Oi/Telemar, que, em troca, teria sido beneficiada pelo governo.

Estão sendo cumpridos 47 mandados de busca e apreensão nesta 69ª fase da Lava Jato, denominada Mapa da Mina.

Os pagamentos, que somam R$ 132 milhões entre 2004 e 2016, teriam sido usados na compra do sítio em Atibaia (SP). No último dia 27, Lula teve a condenação confirmada e a pena aumentada na 2ª instância no caso envolvendo o sítio.

Além de Fábio, as empresas seriam controladas por Fernando Bittar, proprietário formal do sítio de Atibaia, seu irmão, Kalil Bittar, e o empresário Jonas Suassuna. Os valores teriam sido pagos sem justificativa em troca de benefícios com atos do governo federal.

O Ministério Público Federal cita, entre as ações, um decreto de 2008, assinado por Lula, permitindo a operação de aquisição da Brasil Telecom pelo grupo Oi/Telemar. Os procuradores também suspeitam da atuação de José Dirceu, enquanto ministro da Casa Civil, em favor da empresa.

Provas colhidas em outras fases da Lava Jato e colhidas com a quebra do sigilo bancário dos investigados indicam que as empresas do grupo não teriam mão de obra e capital compatíveis com a prestação de serviços para os quais foi contratada pela Oi/Telemar.

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Outros mandados de busca dessa fase da investigação têm como objetivo apurar possíveis irregularidades no relacionamento entre o grupo Gamecorp/Gol com a Vivo/Telefônica. Os procuradores encontraram movimentação na ordem de R$ 40 milhões entre as empresas entre 2014 e 2016, num projeto denominado "Nuvem de Livros".

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