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Internações caem, mas mortes por Covid-19 voltam a subir em São Paulo

Internações caem, mas mortes por Covid-19 voltam a subir em São Paulo

O número de novas mortes pela Covid-19 cresceu 5% nesta semana epidemiológica, com 86 óbitos a mais que na semana anterior

Publicado em 10 de agosto de 2020 às 14:35

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Movimento no Viaduto do Chá em São Paulo durante a quarentena
Movimento no Viaduto do Chá em São Paulo durante a quarentena. (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Pela quarta semana consecutiva, a ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para o novo coronavírus no estado de São Paulo ficou abaixo dos 60%, segundo o governo João Doria (PSDB). No estado, a ocupação ficou em 59,1%. Na Grande São Paulo, em 57,6%.

Na última semana, o número de novas internações caiu 7% em relação à semana anterior, e na capital essa queda foi de 6%, de acordo com os números divulgados pelo governo nesta segunda-feira (10). Por outro lado, o número de novas mortes pela Covid-19 cresceu 5% nesta semana epidemiológica, com 86 óbitos a mais que na semana anterior.

Segundo o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, esse aumento de mortes "é resultado da maior taxa de internações que ocorreu há duas semanas. A perspectiva é que tenhamos uma redução do número de mortes nas próximas semanas, frente à redução nas internações [que houve nesta semana]", disse.

O número de mortes em São Paulo chegou a 25.151, o que representa um quarto das vítimas da Covid-19 no país. Já foram confirmados 628.415 casos de contaminação entre os paulistas.

O governador João Doria começou a entrevista à imprensa afirmando que o país atingiu a marca dos 100 mil mortos no sábado (8) porque houve "desprezo pela ciência", em suas palavras. "Especialistas reconhecem hoje que o desprezo pela ciência, pela saúde e pala vida, e o desprezo por essa pandemia lamentavelmente contribuíram para que chegássemos a 3 milhões de casos e 100 mil mortes, o segundo pior índice do planeta", afirmou.

Depois, Doria aproveitou para falar diretamente do presidente Jair Bolsonaro. "Eu lamento ter que dizer que o presidente Jair Bolsonaro foi um omisso em relação a pandemia, omisso e negativista", disse. "Continua minimizando os efeitos dessa pandemia", afirmou o governador, para quem "não há tragédia igual na história do Brasil."

O governador concluiu dando um recado ao mandatário do país: "Presidente Bolsonaro, não era uma gripezinha."

No primeiro fim de semana de restaurantes e bares abertos até as 22h, o índice de isolamento no estado ficou em 48% no domingo (9) e em 43% no sábado, dia de final do campeonato paulista de futebol, o índice mais baixo para um sábado desde o começo das medidas de distanciamento social. Durante a semana, a taxa tem ficado entre 41% e 44%, de acordo com os números divulgados pelo governo.

O secretário Gorenchteyn afirmou que não é possível fiscalizar todo o estado para impedir aglomerações e pediu a ajuda da população, porque se as internações e mortes aumentarem -"muito possivelmente algumas regiões serão impactadas e terão que involuir", disse. "Não podemos delegar somente às autoridades esse papel, cada um de nós é responsável."

Fabricantes de vacinas têm alertado que, se o imunizante ao novo coronavírus for aprovado, pode faltar seringas para aplicá-lo no Brasil, conforme publicou o jornal Folha de S.Paulo nesta segunda.

Gorenchteyn negou a falta das seringas e afirmou que há uma licitação para comprar 30 milhões de unidades. "Não há nenhum desabastecimento, seja nos estoques, todos os sistemas de imunização ainda se mantêm."

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