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Idosa e diarista são achadas carbonizadas em prédio de alto padrão no RJ

Idosa e diarista são achadas carbonizadas em prédio de alto padrão no RJ

Filho da diarista diz que viu nas imagens das câmeras de segurança dois homens entrando de máscara e boné no prédio no horário em que a mãe enviou a última mensagem em um grupo da família

Publicado em 10 de junho de 2022 às 14:39

A Polícia Civil investiga a morte de duas mulheres encontradas carbonizadas na tarde desta quinta-feira (9) em um apartamento de alto padrão na avenida Rui Barbosa, no bairro do Flamengo, zona sul do Rio de Janeiro.

Bombeiros foram acionados às 16h52 para controlar um incêndio que atingia o imóvel, localizado no 12º andar, quando encontraram os corpos da moradora Martha Maria Lopes Pontes, 77, e da diarista Alice Fernandes da Silva, 49.

Viatura do Corpo de Bombeiros
Viatura do Corpo de Bombeiros Crédito: Vitor Jubini

Filho da diarista, Diogo da Silva, 27, diz que viu nas imagens das câmeras de segurança dois homens entrando de máscara e boné no prédio por volta das 13h30, horário em que a mãe enviou a última mensagem no grupo da família no WhatsApp. "Mandou mensagem brincando e, depois disso, ela não falou mais nada. Mandei mensagem para ela e nada."

Ele diz que os dois homens haviam prestado serviços como pintores no apartamento de Pontes e que teriam entrado no imóvel dizendo que haviam esquecido ferramentas de trabalho. "A minha mãe, com o coração bom, e a dona Martha autorizaram a subida", diz.

Diogo da Silva diz que a filha da moradora contou a ele que os pintores estariam coagindo Lopes a efetuar outros pagamentos além do valor combinado. "O serviço foi todo feito e pago, só que eles estavam coagindo a dona Martha, porque queriam mais dinheiro."

Segundo ele, os pintores já teriam ido pelo menos duas outras vezes ao apartamento querendo dinheiro. Em uma das ocasiões, eles teriam colocado o pé na porta e ameaçado a idosa, tentando extorquir dinheiro dela.

"Eu só peço às autoridades que prendam as pessoas que fizeram essa maldade com a minha mãe. É muita maldade fazer isso com duas mulheres indefesas", disse Diogo, em frente ao IML (Instituto Médico Legal), para onde o corpo de sua mãe foi levado.

"Que roubassem tudo o que está no apartamento, mas que não tirassem a vida dela. Ela [Alice] tinha seis netos e eles perguntam onde está a avó. O que a gente vai falar agora?", declarou.

Em nota, a Polícia Civil diz que o apartamento onde as duas morreram passou por perícia e que agentes estão apurando os fatos.

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