Publicado em 23 de março de 2021 às 17:08
- Atualizado há 5 anos
Logo após o voto de Kassio Nunes a favor do ex-juiz Sergio Moro, nesta terça-feira (23), o ministro Gilmar Mendes pediu para usar a palavra e confrontou a posição do colega. >
"Isso tem a ver com garantismo? Nem aqui nem no Piauí, ministro Kassio", afirmou Gilmar após citar a interceptação telefônica de advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.>
Gilmar afirmou que não é momento de "covardia" e que a posição de cada integrantes do STF em relação à Lava Jato será decisiva para verificar o papel de cada um perante a história.>
De acordo com ele, ainda que existam limites processuais ao habeas corpus, há precedentes na corte que permitem discutir a suspeição de magistrados por essa via, e e que é possível se fazer revisão criminal por ela.>
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Gilmar afirmou que não usou em voto mensagens vazadas de procuradores da República para reforçar os elementos. "Meu voto está calcado nos elementos do autos", afirmou. "Eu trouxe isso aqui [as mensagens vazadas] para demonstrar o barbarismo em que incorremos.">
O magistrado ainda questionou se Moro e o procurador Deltan Dallagnol, que era o chefe da força-tarefa da Lava Jato, são pessoas confiáveis. "Algum dos senhores compraria um carro de Moro, um carro de Dallagnol? Alguém os contrataria como advogado?", perguntou.>
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